Eu não me canso de dizer, de trás desse balcão do buteco, a gente aprecia a vida em sua plenitude. Como dizia o grande Nelson, a vida como ela é. Pode ser com uma grande dose de humor, romance tragédia e cada ser humano que por aqui passa, deixa sua marca, apresenta o seu ato e atua conforme a sua historia.
Vou contar esses casos pra vocês, para saberem o que a gente sempre vê por aqui. Aos olhos de observadores comuns, passam despercebidos, para a gente que tem olhos treinados para ver, ouvidos pra escutar e cabeça pra pensar se tornam causos que se somam a essa grande comedia da vida.
Vou contar esses casos pra vocês, para saberem o que a gente sempre vê por aqui. Aos olhos de observadores comuns, passam despercebidos, para a gente que tem olhos treinados para ver, ouvidos pra escutar e cabeça pra pensar se tornam causos que se somam a essa grande comedia da vida.
Um médico, freguês do buteco, estava a fazer a sua caminhada matinal quando parou a nossa porta para tomar uma água de coco. Hidratar é essencial, disse ele!
Enquanto aguardava viu uma velhinha, também freguesa habitual, mas em horários desencontrados, eles não se conheciam.
Ela estava sentada em uma mesa da calçada fumando tranquilamente um cigarro, tomando um uisque com um sorriso estampado no rosto.
Curioso, ele foi até ela e perguntou:
- Não pude deixar de notar como a senhora parece feliz! Nessa idade, andando sozinha, sentada em um bar apreciando o movimento da rua...
- Pois é meu caro, disse ela, estou por aqui todos os dias.
Do meu canto, eu observava a prosa.
Conversa vai, conversa vem e ele pergunta:
- Me diz qual é o seu segredo, para estar com essa aparencia?
A velhinha, com o mesmo sorriso a La Mona Lisa, responde:
- Não tem nenhum segredo, eu comecei a fumar aos 14 e fumo 40 cigarros por dia. Antes de ir pra cama eu fumo um grande charuto, bebo uma garrafa de Jack Daniels a cada dois dias e só como porcarias, frituras. Nunca bebo agua e nos fins de semana, tomo pílulas estimulantes, faço sexo a noite inteira e nunca faço nenhum exercício físico.
O médico espantado retruca: - Mas isso é extraordinário! É um caso pra estudo.
Nesse ponto da conversa eu já sabia no que ia dar...
E o médico continua:
- Mas, me diga, quantos anos a senhora tem?
E a velhinha respondeu:
-Trinta e quatro!
Ri sozinho com o desfecho, vai ver é porque ela não bebia agua! Não hidratava!
A vida prega essas peças , só que vive nos butecos da vida conhece essas pessoas.
E como tem delas por ai.
A vida prega essas peças , só que vive nos butecos da vida conhece essas pessoas.
E como tem delas por ai.
Um pouco mais tarde, me aparece um rapazinho, um estudante de Propaganda e Marketing e me pede para autorizá-lo a fazer perguntas aos clientes para uma pesquisa de mercado. Não costumo permitir essas pesquisas por aqui, mas era um rapaz bem educado, e eu só lhe pedi que fizesse seu trabalho com discrição e que não incomodasse os fregueses. Quem se dispusesse a responder, tudo bem, mas que não insistisse em caso de recusa.
Dito isso, o rapaz iniciou o seu trabalho, se aproximando de uma jovem senhora que estava com seus três filhos tomando um sundae à sombra, pois o calor estava de rachar mamona naquele dia.
Ele se achega e pergunta:
- Por favor, minha senhora, eu estou fazendo uma pesquisa sobre o novo produto "Deslizafácil", para determinar os usos da vaselina no lar. A sra poderia por favor participar dessa pesquisa?
A jovem Sra aquiesceu e ele já tascou a pergunta:
- A senhora poderia me dizer se usa vaselina e como a usa?
Já sai do meu canto e me aproximei, pois não é que tinha me esquecido de perguntar qual o produto? E agora, olha a situação....
Mas sem se fazer de rogada, a mulher responde:
- Em casa, usamos a vaselina para machucados, pele seca, assaduras do neném e também quando fazemos sexo.
Ele então, se sentindo nitidamente surpreso, mas se fazendo de engraçadinho e querendo deixar a mulher sem graça, solta uma pergunta cretina:
- É a primeira vez que ouço a respeito do uso da vaselina para fazer sexo. A Sra poderia me detalhar exatamente em quais locais e como ela é colocada?
De novo me preparei para intervir, mas, mais uma vez, sem ao menos se abalar, a mulher responde:
- Eu coloco na maçaneta da porta do quarto.
Ele se espanta, e eu também:
- Na maçaneta da porta?!?!
Ela tranquilamente explica:
- É, com ela as mãos escorregam e isso impede que as crianças entrem e nos interrompam!
Aí, quem se admirou fui eu! Aprenderam essa?
Com a minha experiência de anos e anos no buteco, foi a primeira vez que ouvi sobre esse uso da vaselina! E não é que funciona?
imagem da net
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