Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Há amor em mim!


Porque após desnudados todos os desejos, o desvario,
temos a compulsão da fuga como a correnteza de um rio?
A gente se engana e não vê, que quem nos ama o faz
com o mel ou a pimenta, que o nosso tempero traz.
A capa que nos encobre, as vezes tão transparente,
desnuda a nossa alma e mostra que somos gente
Quando somos amados as vezes, não percebemos
e até nos mantemos fechados com medo de o recebermos.
E o amor é tão simples, gratuito, incondicional,
que o medo de nos expormos as vezes só nos faz mal
Porque, as vezes num átimo, o desnudar da alma
permite o ingresso, um balsamo, que traz de volta a calma
Podemos expor as fraquezas, cairmos em tentação,
satisfazer os desejos, numa enorme compulsão,
isso as vezes nos revigora, nos  alimenta e renova,
e quem sabe é a nossa essência, que sempre nos põe a prova
Sujeito a altos e baixos, o nosso self mundano
as vezes nos encaminha a tudo que é profano
Não uso mascara, eu me exponho, me dou, me gosta prover,
 acalento, apoio, estimulo, rego pra fazer crescer.
Ando na frente, cara limpa, as vezes abrindo caminho, 
eu resguardo, protejo, eu aninho.
Também sei que num relacionamento,
tem que existir o mistério, pitada de insegurança,
a eterna conquista, um fomento
e para isso,  as vezes é preciso abalar a confiança,
mostrar-se esquivo, distante, apenas por um momento.
Eu sei fazer isso.... porem não é mais minha vida,
hoje maduro, por certo, não quero saber dessa lida
. Eu não quero viver mentiras, frescuras, firulas e engodo.
Eu não quero fugir do que sou, de meus princípios, sem jogo.
Sei que o desejo quase sempre, busca o inalcançável,
o que nos provoca, nos instiga e também nos desafia.
Não quero ser mais o mistério, nem talvez o indecifrável,
me tornei um livro aberto, de muito fácil leitura .
Eu nasci para me dar, me gosto assim “in natura”
Desde que eu me sinta inteiro, bem amado, mui querido,
busco meu papel,  meu lugar, me conheço, conferido.
 Não pretendo ser metade , tento sempre ser certeiro
pra preservar a minha lucidez, continuo a ser inteiro
Cultivo, cevo, alimento, o amor que existe em mim,
buscando sempre ser dois e nunca uma simples mistura,
para que eu continue inteiro, vivendo na minha loucura.

Esta postagem faz parte da Blogagem Coletiva de comemoração do aniversário de tres anos do Blog "Um pouco de mim" da Elaine Gaspareto. 
Parabens a ela e que continue sempre nos brindando com as suas peripécias neste mundo das blogagens!   
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