O BATIZADO
Nos rincões de Minas, toda currutelazinha, tem pelo menos uma capelinha.
Mas Padre que é bom, muito poucos.
O Pároco da região costuma correr estas currutela,
de tempos em tempos, e as vezes ficam muitos anjinhos sem batizar, muita gente
amigado sem casar.
Quando o vigário chega, correm todos pra arrumar a
situação perante a igreja.
Afinal, quem que quer ir pro inferno?
Visitar o belzebu?
Numa dessas, visitas, o padre Feliciano, chegou
numa aldeiazinha, Morada Nova, e o povo
logo fez fila pros batizados.
Dona Ivonete foi batizar a filhinha que já tinha um
ano.
O padre logo começou o interrogatório:
- Nome?
- Maria Ambrosina
- Nome da mãe?
- Sou eui méis, Josefina Ivonete...
- Nome do pai?
- Num posso dizê....
- Tem que dizer. Se não disser, não batizo!!!
- Mas seu padre, eu num posso fala....
- Ou diz ou não batizo – reafirmou o padre!
Ivonete, sem saber o que dizer. Se não fala, o
padre não batiza a pagã. Vai deixar a menina ir pro inferno? Pensou bem e
resolveu:
- Ta bao, ta bao, já que é assim eu falo....
É o frei Jose Firmino!
- Uai, o frei Firmino tirou a batina? – perguntou o
padre.
Ao que prontamente responde a Ivonete:
- Não sinhô, padre. Ele sigurou com os dente!!!!!