Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tolerância Zero !!!!

Acompanhei sensibilizado as cenas do velório de Rafael Mascarenhas, de 18 anos, filho de Cissa  Guimarães com o musico Raul Mascarenhas.
E triste ver quebrada a seqüência natural de vida onde os filhos promovem o féretro dos pais e não o contrario, como neste caso.
Rafael e dois amigos andavam de skate na pista interditada de um túnel do Leblon, Rio de Janeiro. Pista interditada para pedestres e automóveis, portanto interditada também a eles. Dois veículos em alta velocidade, presumivelmente batendo um pega, invadem a pista onde Rafael estava e um deles o atropela levando o a morte.
Não isentando ninguém de culpa, os dois estavam errados. E os dois também são vitimas da permissividade que a muitos anos assola o Rio de Janeiro.
Miguel Falabela, no velório, disse que no Rio se perderam as referencias e que os indivíduos acham que tudo pode, tudo e permitido, se esquecendo de regras e normas de convivência civilizada. Tudo é permitido até um certo limite. Há limite para tudo.
Em todo pais ocorrem fatos como esse. Jovens, desafiando a morte, sua e de outras pessoas, a bordo de automóveis de ultima geração, desafiam as leis do homem e da física em pegas pelas ruas das cidades. Limites, não os há! Quem iria impor?
Educação de base. Instituições solidas. Exemplos. Cumprimento as leis. Civilidade.
A policia, após o acidente, parou o carro do atropelador e o liberou logo após, segundo informações, sob uma propina de R$10.000,00. Onde estão as instituições? 
O Rio transmite através da sua “arauta” a Rede Globo, a todo pais, a sua forma de convivência em todos os níveis como se fosse um modelo a seguir.  Isso, através das novelas, noticiario, programas de fofocas. La tudo é permitido. Um oba oba geral. Coisas que não se vêem em outros locais do pais.
Lá convivem em constante mistura, a alta sociedade, a classe media, marginais, políticos, policia, bandidos, atletas, traficantes, artistas, prostitutas, e etc, no melhor relacionamento aberto, sem recriminações, sem criticas, sem limites.  Tudo lá é natural.
Não é!!!!
Há de se separar o joio do trigo! Bandido e bandido, marginal é marginal.
Chega do delicioso jeitinho carioca, ele esta destruindo o Rio e conseqüentemente afeta todo pais.
Em um post anterior já havia criticado este modo de levar a vida, criticando a conduta das autoridades no caso do Adriano.(http://butecodolufe.blogspot.com/2010/06/adriano.html ) Como homem publico, ídolo, ele deveria ter sido enquadrado cm crime de associação ao trafico. Exemplo! Logo após, ocorreu outro problema semelhante com Vagner Love. Também deveria ser enquadrado. Agora temos o caso Bruno. Tudo se mistura.
A classe media freqüenta os bailes funk na periferia, que são mantidos pelos traficantes, que fazem a segurança destes locais. Os vídeos estão ai para todos verem. Os bicheiros, contraventores, sempre estiveram na mídia, nas quadras das escolas que mantinham, como Mecenas, e que eram freqüentadas por artistas, políticos e pessoas do povo, de todas as classes sociais.
Sociabilização? Não, permissividade!
Casos como estes amplamente divulgados em nossa mídia, sem criticas, espalham a permissividade e a socializam.
Bandido, traficante e prostitutas, no Rio, são famosos, tem status, freqüentam a mídia, convivem socialmente sem serem molestados.
Acho que chegou a hora do basta!
Tolerância zero!
Sigamos o exemplo de Nova York. A sociedade como um todo deve exigir limites, cada coisa em seu lugar.
Se ao invés de tomar a atitude de outra Global que só se preocupou em punir o assassino da filha, para eximir a sua culpa, Cissa se dispusesse a lançar uma campanha de intolerância à permissividade, em todos os níveis e em todo o pais, certamente conseguiríamos mudar muita coisa. Sei que isso é exigir muito dela nessa hora, mas ela atingiria uma grandeza como mulher e mãe, como poucas alcançaram.
Há que se fazer uma reformulação geral. Junto a ela estariam todos os midiáticos deste pais, com cobertura nacional de todas as redes.
Esta fala pode parecer reacionária, mas não é! E simplesmente um desabafo contra tudo que se vê hoje neste pais. Está tudo ao avesso. O errado ta certo, começando pela autoridade máxima do pais.
Como disse o Falabela, falta limite.
E quem impõe esse limite é a sociedade, todos nós!   .

Lei Anti-Palmada!

Uma das melhores criticas que li sobre esta Lei, reproduzo aqui para vocês:
Antecipando a minha opinião, acho que faltaram palmadas nos bumbuns de Brasilia e afins!
O texto é do jornalista Reinaldo Azevedo e a Charge é do Pelicano.

LULA QUER ESTATIZAR OS NOSSOS FILHOS; NÃO SÓ ISSO: QUER PUNIR OS PAIS DECENTES, JÁ QUE OS INDECENTES CONTINUARÃO A FAZER O QUE SEMPRE FIZERAM.

Antes de Lula se declarar Deus e ter escolhido Dilma como a ungida, ele vivia dizendo que os brasileiros eram seus filhos. “Papai” é o rei do mau exemplo. Já foi multado pelo TSE seis vezes, abusa da autoridade para fazer campanha eleitoral, passa a mão em cabeça de mensaleiro, lidera um governo que quebra ilegalmente o sigilo bancário de caseiro e o fiscal de dirigente da oposição. Irmãos! Não sigamos papai nos maus exemplos! Pois bem, como somos seus “filhos”, ele decidiu estatizar os seus netos — no caso, os nossos filhos. Agora eles todos pertencem a… Lula!

O governo enviou um projeto ao Congresso que proíbe a palmada — e os beliscões. Pai que der um tapa da bunda do moleque que se joga no chão no shopping porque cismou de comprar um escafandro pode ser denunciado. O tapa na bunda, meu amigo, passou a ser um assunto de estado. Agora, esse estado tanto pode fazer sozinho a usina de Belo Monte e arcar com o seguro da operação como pode criminalizar o tapa — chinelada, então, deve passar à condição de crime hediondo. Vale para crianças e adolescentes também.

Como sabemos, um dos problemas da educação é a passividade dos adolescentes quando recebem uma ordem dos pais. Isso acabou! Agora eles já podem ir à delegacia mais próxima e denunciar aqueles monstros por “castigo corporal”. “Doutor, ele me deu um tapa no traseiro!”

“Nossa preocupação não é com a palmada. Nossa preocupação é com as palmadas reiteradas e a tendência de que a palmada evolua para surras, queimaduras, fraturas, ameaças de morte”.
Uau! A fala é da subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Oliveira, da Secretaria de Direitos Humanos. Ah, é uma subordinada de Paulo Vannuchi. Tudo faz sentido. Em que mundo vive esta senhora? Que diabo de fantasia é essa?

Projeto de Lula, é? Fico aqui pensando: terá sido a falta de palmadas que levou Lulinha a criar a Gamecorp? Ou palmadas terão faltado antes, no pai do rapaz? Naquele filme micado, a mãe de Lula protege o filho da surra do pai alcoólatra. Agora o Brasil tem de pagar o pato porque o presidente, parece, teve um pai ausente e violento — ao menos é o que ele diz —, o que o impediu de ter superego. Essa última constatação não é parte das minhas ironias, não! Isso é uma verdade psicanalítica. Consultem um especialista.

Agora vem a segunda parte da minha tese: sabem quem Lula elegeu para pai? Sabem quem é o Laio deste Édipo de Garanhuns com registro distorcido? FHC!!! Lula só consegue se entender inteiro se matar FHC, o que ele faz todo dia, tentando eliminá-lo da história. A falta de superego explica essa vaidade desmesurada e esse complexo de Deus. Mas deixo essa mente fascinante para mais tarde.

Volto agora ao projeto. Pais que imponham hoje um castigo cruel aos filhos já são punidos. Se, a despeito das punições previstas, o espancamento ou maltrato acontecem, estamos diante da evidência de que a lei não os intimida. É uma questão de lógica: se o sujeito não teme a lei que proíbe o mais, não vai temer a lei que proíbe o menos.

Logo, a lei de Lula, que estatiza os nossos filhos, busca punir os pais do tapa eventual, às vezes necessário, para coibir um comportamento inconveniente. O Babalorixá propôs uma lei que deixa os violentos, psicopatas ou bandidos onde sempre estiveram e que passa a punir as pessoas normais. A rigor, é o mesmo mecanismo mental estúpido que resultou naquele referendo sobre o desarmamento. Queria proibir a venda de armas legais — geralmente comprada por cidadãos de bem. Ocorre que o problema do Brasil eram e são as armas ilegais, da bandidagem. Bem, nesse caso, o Estado não podia fazer nada… Quem é Lula para dizer como devemos criar os nossos filhos? As leis existentes já são suficientes para punir os violentos.

Tenho duas filhas, 13 e 15 anos, e meu blog é público. Elas podem me ler. Nunca lhes dei nem uma palmada sequer. Uma vez ou outra, raras, cheguei no “quase”. Eu apanhei dos meus pais uma vez ou outra. Tenho 48 anos já. Não sou de um tempo em que a criança era uma majestade intocável, candidata a pequeno terrorista doméstica — e, depois, do convívio social. Às vezes, eu sabia bem por que estava tomando uns petelecos; noutras, achava uma tremenda injustiça. Aprendi, também ali, a distinguir o justo do injusto? É possível.

Se me fosse dado aconselhar, diria: “Façam como faço; evitem até mesmo a palmada; tentem a conversa e outras formas de punição”. Mas isso é uma decisão que, nos limites das leis já existentes, só cabe às famílias. O estado não tem de se meter nessa relação. Daqui a pouco, uma dessas senhoras ensandecidas, metidas a dizer como devemos cuidar dos nossos lares, também vai querer se meter na alimentação das nossas crianças — idiotas que somos, precisamos de especialistas e ONGs para cuidar até disso. Alguém vai propor punir os pais porque os filhos ou são muito magros ou são obesos.

Em novembro do ano passado, estive no Programa do Jô. Muitos de vocês assistiram à entrevista ou já viram no Youtube. Costumo dizer que, em matéria de Lula e PT, eu jamais erro; só me antecipo um pouco. Se não quiserem ver tudo, recomendo, ilustrando este post e também o que está abaixo, só os 50 segundos finais, a partir dos 7min13s.


Lula ainda não diz como devemos fazer sexo, mas já andou nos aconselhando, por esses dias, sobre como devemos tratar desse assunto com nossos filhos. Considerando umas confissões que ele fez à revista Playboy em 1978, que reproduzo abaixo, acho que dispenso o professor.
“Um moleque, naquele tempo [sua infância], com 10, 12 anos, já tinha experiência sexual com animais… A gente fazia muito mais sacanagem do que a molecada faz hoje. O mundo era mais livre.”

Lula não me parece um bom professor na educação dos filhos ou na educação sexual. Que fique longe das nossas famílias. Já seria um ganho para a República se ele controlasse a dele.

Por Reinaldo Azevedo    -    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

OBS: Para quem não conhece, o blog do Reinaldo é imperdivel!!!!
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Janis, a Perola do Blues.

Assisti hoje a tarde na Globo News um especial Janis Joplin, ainda em comemoração ao Dia Mundial do Rock, em treze de julho. Foi uma viagem ao túnel do tempo. Fantástica. 
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Me remeteu aos anos de juventude, onde as grandes transformações sociais estavam borbulhando e a  juventude transgredindo todas as regras impostas, desafiando as normas vigentes, combatendo a mesmice, a violência da guerra do Vietnam, as instituições de ensino retrogradas, as convenções sociais, sexuais e um respeito imenso pela liberdade, amor e a individualidade.
Nesse cenário surge Janis Joplin, uma menina tímida do Texas, que quando subia ao palco, encarnava o “soul” da grandes cantoras negras americanas. 
Com Janis, não existiam regras, normas, ela transgredia todas, convivendo no meio de homens e vivendo como um deles, nos bares, nas drogas, no sexo livre. Encarnou a geração beatnik.
Era uma pessoa única, como poucas no mundo o foram. Até hoje não surgiu nenhuma cantora para assumir um palco, como só ela fazia. Ela não cantava ou interpretava uma canção, ela "era a canção!" Ela dizia que cantar, para ela, era fazer amor com a platéia.
Saia exauta das suas apresentações, tal era a intensidade da performance!
Era uma menina feia, com um sorriso sapeca.
Eu a achava linda! 
Janis Joplin foi considerada a principal cantora branca de blues dos anos 60, e certamente foi  a maior estrela daquela época. 
Mesmo antes de sua morte, a sua forte imagem só serviu para camuflar sua vulnerabilidade.
A publicidade, que trouxe à tona sua vida sexual e seus problemas com álcool e drogas, conseguiu torná-la, de certa forma, uma lenda.
Recentemente, tentou-se resgatar a história da vida e trabalho dela num contexto feminista, apresentando resultados contestáveis. Ela nunca carregou essa bandeira, ela simplesmente foi ela mesma. Janis.
Janis Joplin nasceu numa sólida família de classe média, em 19 de janeiro de 1943. Ela sempre foi uma jovem muito solitária, que logo tomou gosto pelo blues e o folk music, retratando isso em pinturas e poesias. Aos 17 anos, ela saiu de casa e começou a cantar em bares de Houston e Austin, no Texas, para juntar dinheiro e ir para a Califórnia. Em 1965, ela já estava cantando blues e folk em bares de San Francisco e Venice, na Califórnia, nesse período, ela tinha perdido seus antigos colegas e estava desempregada. Janis voltou para Austin em 1966, para cantar numa banda Country, mas, em poucos meses um amigo dela, o empresário da Chet Helms, apresentou-a a uma outra banda de San Francisco, a Big Brother, que estava precisando de uma cantora. Então, ela voltou à Califórnia e juntou-se à essa nova banda. Janis Joplin e Big Brother deram um show em 1967, no Monterey Pop Festival; então Albert Grossman se propôs a empresariá-los. Janis Joplin começou a tornar-se uma superstar. 
Após um grande sucesso do primeiro LP com os Big Brothers, a gravadora Columbia Records assinou um contrato, e, o álbum Cheap Thrills, com o single "Piece of My Heart" (Dez, 1968), conquistou o disco de ouro. Passado um ano, Joplin começou a se ofuscar na banda, então ela resolveu deixar os Big Brother (mesmo tendo participado de algumas faixas do álbum Be a Brother, de 1971), para seguir sua carreira com o guitarrista Sam Andrew, formando a banda Kozmic Blues. Finalmente, o LP Kosmic Blues foi lançado, com várias faixas de blues-rock, assim como "Try (Just a Little Bit Harder)". 
Durante este período, Joplin começou a se envolver demais com álcool e drogas, tornando-se uma viciada em heroína. 
Sua vida parecia estar seguindo o rumo certo na época da gravação de “Pearl”. Ela resolveu se casar (namorava um caminhoneiro) e estava entusiasmada com a banda Full Tilt Boogie, que ela tinha formado para produzir o álbum Pearl (Pearl era o apelido de Joplin). 
Em 4 de outubro de 1970, o corpo de Janis Joplin foi encontrado num quarto do Hotel Landmark, em Hollywood, com picadas de agulha recentes, no braço.
Com relação à causa da morte de Janis Joplin e de seus contemporâneos (Hendrix, Jim Morrison e outros), talvez a dela seja a menos conhecida entre o público jovem. A causa de sua morte foi dada como overdose acidental de heroína. 
Como dizia Cazuza, “meus heróis morreram de overdose!” 
O LP póstumo Pearl (jan,1971) homenageou-a com a canção "Me and Bobby McGee" de Kris Kristofferson, e foi lançado com a faixa "Buried Alive in the Blues" sem o vocal de Joplin, que morreu antes de fazê-lo. Várias coletâneas póstumas foram lançadas, assim como o documentário Janis, de 1974. O filme The Rose, de 1979, estrelado por Bette Midler, foi um relato levemente disfarçado da carreira de Janis Joplin. 
         
“Posso não durar tanto quanto as outras cantoras, mas sei que posso destruir-me agora se me preocupar demais com o amanhã.”  Janis Joplin.       

Janis Joplin esteve no Brasil  em fevereiro de1970, na tentativa de se livrar do vício  da heroína. Durante a sua estada, fez topless em Copacabana, bebeu muito, cantou em um bordel, foi expulsa do Copacabana Palace por nadar nua na piscina e quase foi presa, pelas suas atitudes na praia, consideradas "fora do normal". 
Como era época de carnaval, tentou participar de um desfile de escola de samba, porém teve acesso negado por um segurança por causa de sua vestimenta hippie. 
Isso no Rio de Janeiro início dos anos 70!!
Especula-se que ela teve uma breve relação amorosa com o roqueiro brasileiro Serguei. Será?
Ela hoje é lembrada por sua voz forte e marcante, bastante distante das influências folk mais comuns em sua época, e também pelos temas de dor e perda que escolhia para suas músicas.
Para todos que curtem Janis Joplin: .      
                                                                 "Mercedes Benz"



                                                                "Piece Of My Heart" .   






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