Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

DÚVIDAS JURÍDICAS

Como ultimamente eu ando extremamente atarefado e me enviaram duvidas sobre algumas questões, além de que sempre me disseram que duas cabeças pensam melhor do que uma,  eu as trouxe para que vocês me ajudassem a resolve-las.
Vocês topam?

1)      - Quem é canhoto pode prestar vestibular para Direito?

2)     - Levar a secretária eletrônica para a cama é assédio sexual?

3)     - Dizer que gato preto dá azar é preconceito racial?

4)     - Com a nova Lei Ambiental, afogar o ganso passou a ser crime?

5)     - Pessoas de má fé são aquelas que não acreditam em Deus?

6)     - Qual a capital do estado civil?

7)     - Quantos quilos por dia emagrece um casal que optou pelo regime parcial?

8)    - Tem algum direito a mulher em trabalho de parto, sem carteira assinada?

9)     - A gravidez da prostituta, no exercício de suas funções, caracteriza acidente de trabalho?

10) - Cabe relaxamento de prisão nos casos de prisão de ventre?

11)  - Para que ocorra um tiro à queima roupa, é preciso que a vítima esteja vestida?

12) - O filho do bispo Edir Macedo será um herdeiro universal?

13) - O Superior Tribunal de Justiça tem esse nome porque fica no último andar do edifício?

14) - Analogia é a ciência que estuda a vida das Anas?

15)  - Leis concretas são aquelas elaboradas por pedreiros?

16) - Bens móveis são os fabricados em marcenarias?

17)  - Direito Penal é aquele que trata das relações entre aves?

18) - Queimadura de terceiro grau é aquela que ocorre durante o curso universitário?

19) - Para que ocorra uma prisão de ventre, é necessário haver flagrante?




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Causos de Minas VIII - O "Coroné"!

O Coronelismo é fruto da tradição patriarcal brasileira e da  nossa estrutura rural.
Quando foi criada a Guarda Nacional em 1831 pelo governo imperial, ela passou a defender a integridade do Império e a Constituição.
Como as patentes eram nomeadas pelo governo central ou pelos presidentes de província, iniciou-se um longo processo de tráfico de influências e corrupção política. O Brasil se baseava estruturalmente em oligarquias e os líderes, ou seja, os grandes latifundiários começaram a financiar campanhas políticas de seus afilhados e ao mesmo tempo ganhar o poder de comandar a Guarda Nacional.
A patente de coronel da Guarda Nacional passou a ser equivalente a um título nobiliárquico, concedida aos grandes proprietários de terras. Desta forma conseguiram adquirir autoridade para impor a ordem sobre o povo e os escravos e os currais eleitorais se multiplicaram no país, a compra e troca de votos dos eleitores por favores e o apadrinhamento se tornou prática comum.
A abolição da escravidão e a proclamação da República deram uma importância fundamental para os votos rurais, crescendo assim ainda mais a influência política dos donos de terras, pois a dependência do eleitorado rural aos coronéis mostrava-se completa. O coronelismo se utilizava dos recursos públicos para manter o poder privado.
Com essa politica, esses senhores se comportavam acima da lei, isto é, a “lei “eram eles, e em consequência ocorriam vários desmandos.
Os "coroneis" praticamente foram "destituidos" com a revolução de 30.
Quem os retratou muito bem, revelando seus mandos e desmandos sempre com maestria, foi Jorge Amado, ao longo de toda a sua obra.
Neste cenário, surgem também as “Coroneis de Saia”, como Joaquina de Pompeu em Minas, mais tarde no interior paulista, Iria Alves Ferreira – a Rainha do Café e até hoje as “coronéis de saia” da Paraiba, satirizadas por Luiz Gonzaga em sua musica: “Paraiba masculina mulher macho sim senhor....”
Nas ultimas décadas do século, a população rural correu para as cidades, atraída inicialmente pelo processo de industrialização, mas a relação entre o coronel e o voto de cabresto parece sobreviver sob novas formas diversificadas de "coronelismo" no Brasil urbano.
Com o Golpe Militar de 1964, que derrubou a república populista de João Goulart, ocorreu um estranho fenômeno. Os militares que chegaram ao poder do país naquela ocasião, com o objetivo de implantar o seu Projeto do Brasil Grande, e neutralizarem a força das massas urbanas que lhes eram hostis, trataram de se aliar, especialmente no Nordeste, com os remanescentes do coronelismo. Desta forma, no Ceará, no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia, enfim, em todo o Brasil, ao recorrerem aos casuísmos eleitorais, ajudaram e fortaleceram as velhas oligarquias. 
Surgiram dai os ACMs, os Sarneys, e tantos outros.
A relação então, ganha novos contornos e amplia a sua esfera para outras areas: a vaga na escola só é concedida pelo vereador, a rede de água e esgoto ou a instalação elétrica compete ao deputado estadual e os investimentos em transporte ou pólos de desenvolvimento ficam com os deputados federais e os senadores.
As políticas públicas acabam sempre canalizadas pelas verbas distribuídas diretamente aos politicos, pela contratação de seus cabos eleitorais ou apadrinhados para assumirem funções nobres em órgãos públicos ou pelos "currais comunitários" desenvolvidos pelos "coronéis modernos".
Este procedimento de utilização dos recursos públicos mantém, alimenta e conserva a "relação de reciprocidade" e acaba por atender prioritariamente a sustentação das lideranças dos “coronéis” urbanos em detrimento da implantação, organização e democratização de políticas públicas voltadas para o cidadão e para a sociedade.
Essa relação é extremamente clara nos dias de hoje!
São resultantes desse compromisso algumas características do sistema coronelista que ainda perduram em nosso país: o mandonismo, o filhotismo, o nepotismo, "acurralamento" do voto e a desorganização dos serviços locais.
Ainda hoje, por todo o Brasil os latifundiários e as oligarquias rurais trocam favores por voto: de botina, de dentaduras, de cestas basicas a emprego público.
Os coronéis urbanos com o empreguismo e promessas de moradias e o Governo Federal com seu paternalismo através de cotas, bolsas diversas e principalmente a bolsa família. Essa prática se apóia nas velhas relações paternalistas originárias da sociedade colonial

Ainda hoje existem alguns destes “Coroneis” rurais aqui no interior de Minas e o anedotário popular é cheio de historias impagáveis, como essa daqui:
Um certo dia, um desses coroneis da velha guarda veio à capital para uma consulta médica.
O “Coroné” de 85 anos, espigadão, queria fazer seu check-up anual.
Ao atende-lo o médico perguntou como ele estava se sentindo:
- Nunca me senti mió! - respondeu o velho - Minha nova muié tem 18 ano e tá de barriga isperano um fío meu. Que qui o sinhô acha? 
Vendo essa demonstração clara do "modus vivendi" dessas criaturas, o famoso "pra burro velho capim novo",  o médico, moço de educação urbana, refletiu por um momento e disse:
- Deixe-me contar-lhe uma estória: eu conheço um sujeito que era um caçador fanático, nunca perdeu uma estação de caça. Mas, um dia, por engano, colocou seu guarda-chuva na mochila em vez da arma. Quando estava na floresta, uma onça pintada repentinamente apareceu na sua frente. Ele sacou o guarda-chuva da mochila, apontou para a onça e...BANG!!!, a bicha caiu morta.
- HA!HA!HA!HA! Mais isso num é possíve! - disse o velhinho - argum otro caçadô deve de tê atirado nela.
Ao de o doutor prontamente replicou:
- Exatamente!!!

Ah, se esse doutorzinho clinicasse lá na região do “Coroné”....
Tava mortinho da silva!!!!!!

Dados extraidos no Google


sábado, 27 de agosto de 2011

Terremoto no Brasil

Um dos terremotos mais fortes registrados na costa leste dos Estados Unidos em décadas sacudiu prédios, nesta terça-feira, dia 23, no centro de Washington e causou correria nos arranha-céus de Nova York. A população da ‘Big Apple’ não conseguiu deixar de associar o tremor aos ataques ao World Trade Center. O sismo teve epicentro na Virgínia e alcançou 5.8 na escala Richter. Não há informações de vítimas ou grandes danos.
Enquanto o bicho pegou no EEUA aqui no Ceará houve também indícios que haveria terremoto na região de Massapê.
O Centro Sísmico Nacional como prevenção enviou à polícia da cidade de Massapê, uma mensagem que dizia: 

"Possível movimento sísmico na zona. Muito perigoso, superior a Richter 4.5. Epicentro a 3 km da cidade. Tomem medidas. Informem resultados com urgência." 

Ontem, foi recebido no Centro Sísmico Nacional, um telegrama que dizia: 

"Aqui é da Polícia de Massapê. Movimento sísmico totalmente desarticulado. O tal Ritchter 45 tentou se evadir, mas foi abatido a tiros. Desativamos as zonas. As p*tas estão todas presas. Epicentro, Epifânio e outros três cabras, detidos. Não respondemos antes, porque houve um terremoto da peste por aqui!"


A gente faz piada mas ocorreu realmente um terremoto no Ceará esse mês.

 

“segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Novo tremor em Sobral-CE, em 08/08/2011. 

Segundo informações do Sub-tenente Marcos Costa, da Defesa Civil de Sobral,  ocorreu um tremor de terra que foi sentido na Serra da Meruoca e em Sobral. Analisando os registros das estações operadas pelo LabSis/ UFRN detectamos que o sismo ocorreu às 13:53 UTC (10:53 horal local). A magnitude preliminar foi estimada em 3.0.

Fonte: LabSis/UFRN, RSISNE, INCT-ET"
 

 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Epitáfios!


Algumas vezes me peguei pensando em meu epitáfio. Coisa difícil. 
Elogios as vezes soam pernósticos, virtudes lembram uma aura de santidade que passa longe de mim. Características de personalidade, podem soar insonsas. 
Enfim, achando que esse é um mal que vai nos acometer a todos e como o que vai  gravado na lápide é o que fica para a posteridade, aqui vão algumas sugestões para que, desde já, escolham o que gravar em tumulo, evitando o dissabor de saber que os seus familiares, com dúvidas atrozes para redigi-la ou não o conhecendo bem como deveriam, acabem registrando algo que não seja digno de sua figura impar!
 
Eu já cheguei ao meu epitáfio que considero ideal:

AQUI JAZ LUFE. 
Morto aos 90 anos por um marido traído
ao encontra-lo em sua cama, no ato!
Morreu em pé.....literalmente!

Outros epitáfios interessantes:


ESPÍRITA
Volto já.

INTERNAUTA
www.aquijaz.com

AGRÔNOMO
Favor regar o solo com Neguvon.-Evita Vermes. 

ALCOÓLATRA
Enfim, sóbrio. 

ARQUEÓLOGO
Enfim, fóssil. 

ASSISTENTE SOCIAL
Alguém aí, me ajude! 

BROTHER
Fui...

CARTUNISTA
Partiu sem deixar traços. 

DELEGADO
Tá olhando o quê ?... Circulando, circulando... 

ECOLOGISTA
Entrei em extinção. 

ENÓLOGO
Envelhecido em caixão de carvalho, aroma formol e aftertasting que denota presença de microorganismos diversos. 

FUNCIONÁRIO PÚBLICO
É no túmulo ao lado. 

GARANHÃO
Rígido, como sempre. 

GAY
Virei purpurina. 

HERÓI
Corri para o lado errado. 

MILITAR
Graças a DEUS não tiro mais serviço!! 

HIPOCONDRÍACO
Eu não disse que estava doente?!?! 

HUMORISTA
Isto não tem a menor graça. 

JANGADEIRO
Foi doce morrer no mar. 

JUDEU
O que vocês estão fazendo aqui? 
Quem está tomando conta do lojinha? 

PESSIMISTA
Aposto que está fazendo o maior frio no inferno. 

PSICANALISTA
A eternidade não passa de um complexo 
de superioridade mal resolvido. 

SANITARISTA
Sujou!!! 

SEX SYMBOL
Agora, só a terra há de comer. 

VICIADO
Enfim, pó!

ADVOGADO
Disseram que morri.... mas vou recorrer !!!


 COMERCIANTE 
Fechado pra balanço. 

SAMBISTA 
Sambei! 

PAQUERADOR 
Vêm sempre aqui? 

BOMBEIRO 
Apaguei! 

GORDO  
Enfim magro. 

CONFEITEIRO 
Acabou-se o que era doce! 

JUIZ 
Caso encerrado. 

ELETRICISTA 
Foi um choque! 

OBSTETRA  
Parto sem dor. 

ESPERMATOZÓIDE 
Onanista miserável! 

MINERIM 
Trem ruim sô!
Garimpei estes Epitafios no http://reflexoeseoutrasdivagacoes.blogspot.com/   do amigo José

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Causos de Minas VII - Paquera na roça.

As mineirinhas são garotas pra lá de especiais. Tem uma carinha de ingênua, mas por trás desta aparência ela são mesmo muito espertinhas. Fazem-se de bobas pra viver e assim conseguem tudo que querem, na meiguice.
Normalmente mais caladas, introspectivas, sem fazerem muito alarde elas também aprontam das suas. Elas são extremamente maliciosas.
Só não demonstram. Esperteza alí é mato.
Muita gente se engana, principalmente se alguem lida com elas confiando na sua aparente bobiçe. A carinha de lerda os faz pensar assim!
Outro dia, um fazendeiro, lá das bandas de Coromandel leva a sua vaca puro sangue para cruzar com o touro premiado do vizinho. Neste dia, o vizinho tinha ido a cidade e na fazenda só ficou a filha dele. Moçoila linda, brejeira, de linhagem, poderia ser muito bem comparada com uma novilha de raça. O fazendeiro colocou sua vaca no curral junto com o touro, sob os olhos da mineirinha e depois de ajudá-los no que podiam, os dois ficam ali, pendurados na cerca, olhando os animais a cruzar.
Quer dizer, quem olhava era ela, pois ele não tirava os olhos da mocinha.
Aí o fazendeiro muito do malandro, com cara de quem não quer nada, olha com malícia para a vizinha e comenta:
- Cumadre, só nos dois aqui e eu tô doidim pra fazê aquilo que nem o seu toro tá fazeno com a minha vaca!
E ela responde na lata:
- Uai, entonces vai lá, cumpadre! A vaca né sua?

Quando elas não querem, não querem, mas também não se apertam. Não pensem que com a aparente timidez elas se avexam com qualquer coisa.
Elas não tem medo de homem!.
Mas quando querem também, sai de baixo, pois elas se enroscam, se insinuam, com a carinha mais limpa se colocam a disposição.
Essa mesma mineirinha, filha do fazendeiro do touro, uma gatinha country da maior supimpitude, ficou toda entusiasmada com o novo capataz da fazenda.
Um vaqueiro alto, magro, bonitão, musculoso e queimado de sol, mas bem caipirão.
Já de olho nele e com a desculpa de dar uma vistoria pela propriedade, ela o convida para um passeio. Resolveu ir à caça.
Ao passarem por um cavalo e uma égua, que cruzavam despreocupadamente no pasto, a moça (que como eu já disse, também era uma bela potranca) tirando uma de bobinha aproveita para se insinuar:
- Cumo será que o cavalo sabe que a égua qué fazê amor?
- Uai, é pelo chêro... responde o rapaz.
Mais para a frente, passam por uma vaca que também está sendo coberta por um touro e ela olhando melosamente pro vaqueiro insiste:
- E o toro, como ele se apercebe que a vaca tá a fim?
- Uai moça, tomém é pelo chêro...
E a coisa se repete por todo o passeio...   e olha que a fazenda era grande.
A bicharada fazendo a festa no maior love e a moça, fogosa, cheia de amor pra dar e descaradamente dando a maior bandeira.
E o cara, nada, nadinha...
Ela rela, se encosta, passa as mãos por entre os cabelos, suspira, se espreguiça na frente dele de forma bem sensual e o cara, nada! Necas de pitibiriba!
No fim da tarde, ao voltarem do campo, o pai pergunta:
- E aí, minha fia? Cumo foi o passeo?
- Ara pai, foi inté bão.
E ela com um ar desafiador, entre coquete e insolente, olha pro peão e continua:
- Mas é meió o sinhô dá uns dia de licença prêce moço, pois com toda certeza ele tá num resfriado brabo...

É, essas mineirinhas são assim mesmo, atitude é que não falta.

imagem google


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Papos de Buteco 55 – Surpresa!!!!

Belo horizonte esta com um tempo estranho, fazendo calor e com um clima seco de matar. 27º e umidade de 28%. Nariz coçando, olhos ardendo, boca seca.
Boca seca, pra mim é ótimo. Haja cerveja pro pessoal que aparece por aqui.
Com um tempo assim, espalho mesas pela calçada para o pessoal aproveitar o ventinho de fim de tarde, jogar conversa e uma ceva pra dentro, que ninguem é de ferro!
O happy hour ferve no pedaço!
Se tem uma coisa que esta se tornando cada vez mais comum em Beagá é a mesa só de mulheres. Na faixa de seus 25/30 anos, bem vestidas, cabelos bem tratados, nariz empinado e ar de bem sucedidas. Todas com curso superior e ótimos empregos.
Aqueles torpedinhos que antes as deixavam inquietas, não existem mais! Hoje elas é que caçam! Depois de alguns drinques, elas iniciam a paquera e deixam os poucos homens ao seu redor meio ressabiados. Muitos caem fora! Pelo que ando reparando, a maioria delas tem andado dormindo sozinha enroladinha nos lençóis, de seda é claro.
Mas hoje eu não quero falar sobre isso não!
Isso é um bom papo para outro dia!
Teve um outro fato que me hoje chamou mais a atenção.
Um freguês, advogado de primeira linha e Procurador do Estado, gente importante que sempre passa por aqui saindo do escritório, hoje chegou mais cedo.
Sentou-se em uma mesa, meio afastado de todos, e ficou por ali tomando sua cervejinha. 
Cara de encafifado, meio macambuzio, sorumbático mesmo.
Nem me aproximei, alguma coisa seria tinha ali!
Lá pelas tantas, ele que sempre dava uma passadinha rápida e ia jantar em casa com a família, ainda permanecia à mesa bebericando.
Reparei que ele já estava meio bicudo, afinal não comera nada, só bebera. E muito!
Um pouco preocupado (sim, eu me preocupo com eles), ainda mais com a Lei Seca finalmente funcionando apesar dos GPS, fui ate la falar com ele.
Conversa vai e vem, algum tititi e tatata, e ele começa a se abrir, me contando o que o levou a estar ali desde cedo naquela ruminância.
Começou assim:
“- Lufe, hoje é o meu aniversário! Acordei todo contente esperando os cumprimentos de minha esposa e nem sequer um bom dia recebi. Veio então meu filho do quarto e a mesma coisa! Minha filha saiu e nem abanou o rabo de cavalo. Minha mãe nem ao menos me telefonou. Nem a minha mãe, aquela que me pariu! 
Fui para o trabalho e minha secretária veio correndo me dar os parabéns, e me disse:
- Feliz aniversário, chefinho!
Fiquei muito feliz com aquele cumprimento. Pelo menos alguem havia se lembrado! Passei a manhã toda alegre e rememorando o quanto aquele cumprimento havia sido importante para mim. Quanta consideração. E logo daquela delicinha inalcançável!
Na saída para o almoço, minha secretária interpelou-me dizendo:
- Está um dia lindo! Que tal se almoçássemos juntos, já que é um dia tão importante para o senhor?
Ainda meio deprimido, achei a ideia ótima e nos dirigimos até um restaurante bem agradável, pouco afastado da cidade. O almoço correu em clima bem descontraído e eu já havia até me esquecido das decepções que tive pela manhã. Tambem, naquela companhia!
Foi então que minha secretária sugeriu:
- Está um dia tão agradável que acho que podíamos ir até minha casa tomar um drink e relaxar um pouco.
Fui todo animado, já antevendo o que poderia ocorrer em sua casa. Afinal eu iria ganhar um presente inesperado que compensaria minha frustração. Ela é deliciosa!
Chegando lá ela me disse:
- Sirva-se à vontade. O barzinho fica logo ali. Eu vou colocar algo mais confortável e já volto.
Ela entrou no quarto e eu me vi ali, sozinho na sala!
Após cinco minutos, surgiram de dentro do quarto dela minha mulher, meu filho, minha filha, minha mãe e .... a secretária, todos gritando e batendo palmas com gorrinhos na cabeça:
- Feliz aniversário!
E lá estava eu, nu, só de meias, bicho solto e completamente esparramado no sofá !!!!!”

Depois dessa, eu imediatamente me virei, chamei o garçom e disse:
- Zeca, traz mais uma bem gelada pro Dr. Theobaldo que hoje ele vai amanhecer por aqui! Também pudera........ 



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA


"Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais “O cravo brigou com a rosa”. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos é isso?
O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que “O cravo brigou com a rosa” faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro? É Villa Lobos, cacete!
Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: “Samba Lelê tá doente/Tá com a cabeça quebrada/Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas.”...
 A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê.
A tia do maternal agora ensina assim: “Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar”...
 Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê?  Villa Lobos de novo.
Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, melodia de Heitor Villa Lobos e letra da Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichanos.
A Sociedade Protetora dos Animais cairia em cima com processos.
Quem entra na roda dança, nos dias atuais. Não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil, estimula o sexo sem amor, a vulgaridade e a promiscuidade!.
Ninguém mais canta: “Pai Francisco entrou na roda, tocando seu violão, vem de lá Seu Delegado, e pai Francisco foi pra prisão”.
O pobre do Pai Francisco foi preso apenas por vadiagem, mas atualmente ficaria sob a suspeita de ser traficante.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não lembrar à garotada a desigualdade de renda entre os homens.
Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado.
Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado.
Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse que algum filho estava militando na causa da preservação do mico-leão-dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado?
Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice..
O politicamente correto é a sepultura do humor, da criatividade, da divertida sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão-de-chácara de baile infantil - de deficiente vertical.
O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente.
O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação.
A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade.
 O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, “Orca, a baleia assassina” e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal.
O magricela não pode ser chamado de morto-de-fome, pau-de-virar-tripa e Olívia Palito.
O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho.
Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais...  Definitivamente não dá!
O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol.
Ao invés de mandar o juiz pra puta-que-o-pariu e o centroavante pereba tomar no olho-do-cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de “Jesus, Alegria dos Homens”, do velho Bach.... Falei em velho Bach e me lembrei de outra.
A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé-na-cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro-funeral, o popular tá-mais-pra-lá-do-que-pra-cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura.
A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde.
Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do Pé-Junto."

Texto de Luiz Antônio Simas, que é Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História no ensino médio.

Eu adoro quando encontro um texto desses que vem de encontro àquilo que penso sobre esse assunto, que já levantei por aqui outras vezes.
O mundo ta ficando muito chato!
Que seria hoje do Chacrinha, o Velho Guerreiro com a sua marchinha Maria Sapatão?
"Maria sapatao, sapatão, sapatão, de dia é Maria, de noite é Joao".......
O  GLTTB acabaria com ele!
E a Marchinha de Carnaval "Nega do cabelo duro, qual é o pente que te penteia"...... de Rubens Soares e David Nasser, o grande jornalista ? Estariam presos sem fiança!
Hoje em dia, se um homem chegar, em uma roda de samba ou numa gafieira, e disser carinhosamente para um mulher negra - "E aí, neguinha", quer dançar?" - deve ser preso por usar um "linguajar inadequado e racista"?
Alguem acredita em bom senso na aplicação de leis?
São coisas assim que me fazem pensar no célebre provérbio´que diz: "é melhor ouvir isso que ser surdo..."  Surdo?   Perdão, pois hoje o indivíduo deixou de ser surdo, para ser um "individuo com dificuldades auditivas...

Então, fica assim: 
"Possivelmente será mais adequado ouvir isso do que ser um deficiente auditivo"...

Chato, né?




domingo, 14 de agosto de 2011

PAI.

No Dia dos Pais do ano passado, fiz aqui uma homenagem ao Fabio Correia Ayrosa Galvão, o Fabio Junior, através de sua filha Cléo (aqui) e hoje gostaria de novamente homenageá-lo com dois outros filhos, e estes,  cantores promissores.
Fabio, compôs em 78 uma das musicas mais emblemáticas de sua carreira e ele a cantou em um episodio da mini-serie “Ciranda Cirandinha” da qual era um dos protagonistas, num episodio que se chamou ”Toma que o filho é teu”.
Lembro-me que na hora que ele cantou essa canção, todos que assistiam comigo ficaram mudos e muitos foram às lagrimas, como também ficaram emocionados e choraram todos os atores que estavam em cena.
Mulherengo contumaz, com uma cara de sem vergonha que encanta e seduz as mulheres, Fabio se revelou um bom pai, e isso se vê na relação carinhosa e afetiva que seus filhos lhe dedicam. Eles o entendem e o admiram!
Não tem um ditado que diz: “A boa árvore se conhece pelos frutos”?  Pois é!
Em 29 de novembro de 2009, Faustão lhe faz uma surpresa e chama ao palco do Domingão o seu filho Felipe, o Fiuk, que entra entoando esta obra prima, que é “Pai”.
Reparem na emoção intensa e na cumplicidade dos dois no palco.




E para completar, recentemente o Faustão apresentou em seu programa a sua linda filha Tainá que se lança como interprete e gravou a musica Fullgas, da Marina Lima,  juntamente com o pai no seu mais novo CD, “Intimo”, lançado em 2011.  Vejam que doçura de menina nessa apresentação somente com o piano no Credicard Hall. Foi a sua primeira apresentação publica em 29.04.11 e certamente com um repertorio correto ela vai longe!



Esta é uma homenagem a todos os pais que
frequentam esse Buteco!



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Como Brasília perdeu uma prostituta !!!

A educadora Dagmar Garroux preparou uma de suas alunas para ser prostituta. 
Mas não qualquer prostituta - seria treinada para circular pelos bastidores de Brasília. 
Além de etiqueta, aprenderia a falar bem português e se viraria no inglês ou espanhol. 
Com aulas de artes, história e atualidades, ela conseguiria manter uma conversa em recepções. 
“O treino funcionou”, orgulha-se Dagmar. Funcionou tão bem que Brasília perdeu uma prostituta.
A menina, estimulada com a chance de ser prostituta em Brasília, morava na favela do Parque Santo Antônio, localizada no chamado “triângulo da morte”, na zona sul da cidade de São Paulo. 
No “triângulo” existe o cemitério São Luiz, que, conta-se, é o lugar onde estariam enterrados mais adolescentes por metro quadrado no mundo.
Dagmar criou, ali, um centro educacional batizado de Casa do Zezinho - o nome é inspirado na poesia “E agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade. 
Uma das freqüentadoras da casa era a menina, que começou a vender o corpo, na fronteira da adolescência, agenciada por um rapaz mais velho da escola pública em que estudava. 
Dividiam pela metade o valor de cada programa (R$ 10).
A garota não gostou da intromissão da educadora. “Não se mete, não.
- Você nunca pensou em se vender para ganhar dinheiro?”, perguntou, agressiva. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Os tres porquinhos!

COMO UM PAI, ENGENHEIRO, CONTA A HISTÓRIA DOS TRES PORQUINHOS PARA O FILHO DORMIR

O filho quer dormir e pede ao pai (engenheiro) para contar uma história.
Ele conta a dos três porquinhos:

"Meu Filho, era uma vez três porquinhos, P1, P2 e P3, e um Lobo Mau, por definição, LM, que os vivia atormentando.
P1 era sabido e já era formado em Engenharia. P 2 era arquiteto e vivia em fúteis devaneios estéticos, absolutamente desprovidos de cálculos rigorosos. P3 fazia Estilismo e Moda.
LM, na Escala Oficial da ABNT para medição da Maldade (EOMM), era Mau nível 8,75 (arredondando a partir da 3ª casa decimal para cima). LM também era um mega investidor imobiliário sem escrúpulos e cobiçava a propriedade que pertencia aos Pn (onde 'n' é um número natural e varia entre 1 e 3), visto que o terreno era de boa conformidade geológica e configuração topográfica.
Mas, nesse promissor perímetro, P1 construiu uma casa de tijolos, sensata e logicamente planejada, toda protegida e com mecanismos automáticos.
Já P2 montou uma casa de blocos articulados feitos de mogno, que mais parecia um castelo lego tresloucado.
Enquanto P3 planejou no Autocad e montou ele mesmo, com barbantes e isopor como fundação, uma cabana de palha com teto solar e achava aquilo 'o máximo'.
Um dia, LM foi até a propriedade dos suínos e disse, encontrando P3:
- 'Uahahhahaha, corra, P3, porque vou gritar, e vou gritar e chamar o CREA para denunciar sua casa de palha projetada por um formando em Comunicação e Expressão Visual!'
Ao que P3 correu para sua amada cabana, mas quando chegou lá os fiscais do CREA e da Prefeitura já haviam posto tudo abaixo.
Então P3 correu para a casa de P2.
Mas quando chegou lá, encontrou LM à porta, batendo com força e gritando:
- 'Abra essa porta, P2, ou vou gritar, gritar e gritar e chamar o Greenpeace, para denunciar que você usou madeira nobre de áreas não-reflorestadas e areia de praia para misturar no concreto.'
Antes que P2 alcançasse a porta, esta foi posta abaixo por uma multidão ensandecida de eco-chatos que invadiram o ambiente, vandalizaram tudo e ocuparam os destroços, pixando e entoando palavras de ordem. 
Ao que segue P3 e P2 correm para a casa de P1. Quando chegaram na casa de P1,
este os recebe, e os dois caem ofegantes na sala de entrada.
P1: 'O que houve?'
P2: - 'LM, lobo mau por definição, nível 8.75, destruiu nossas casas e desapropriou os terrenos.'
P3: - 'Não temos para onde ir. E agora, que eu farei? Sou apenas um formando em Estilismo e Moda!'
Tum-tum-tum- tum-tuuummm! !!! (isto é somente uma simulação de batidas à porta, meu filho! o som correto não é esse.)
LM: - 'P1, abra essa porta e assine este contrato de transferência de posse de imóvel, ou eu vou gritar e gritar e chamar os fiscais do CREA em cima de você!!! E se for preciso até aquele tal de CONFEA.'
Como P1 não abria (apesar da insistência covarde do porco arquiteto e do...do... estilista), LM chamou os fiscais. 
Quando estes lá chegaram, encontraram, planta registrada e assinada por aqrquiteto, engenheiro responsavel pela obra, certificado de adequação ambiental, habite-se,  todas as obrigações e taxas pagas e saíram sem mais nada argüir.
Então LM gritou e gritou pela segunda vez, e veio o Greenpeace, mas todo o projeto e implementação da casa de P1 eram ecologicamente corretos.
Cansado e esbaforido, o vilão lupino resolveu agir de forma irracional (porém super comum nos contos de fada). Ele pessoalmente escalou a casa de P1 pela parede, subiu até a chaminé e resolveu entrar por esta, para invadi-la.
Mas quando ele pulou para dentro da chaminé, um dispositivo mecatrônico instalado por P1 captou sua presença por um sensor térmico e ativou uma catapulta que impulsionou, com uma força de 33.300 N (Newtons), LM para cima com uma inclinação de 32,3° em relação ao solo. Este subiu aos céus, numa trajetória parabólica estreita, alcançando o ápice, onde sua velocidade vertical chegou a zero, a 200 metros do chão.
Agora, meu filho, antes que você entre num soninho  gostoso e o Papai te cubra com este edredom macio e quente, admitindo que a gravidade vale 9,8m/s², calcule:

a) a massa corporal do lobo.

b) o deslocamento no eixo 'x' do lobo, tomando como referencial a chaminé.

c) a velocidade de queda de LM quando este tocou o chão (desconsidere o atrito pela resistência do ar)."


Ps: Vocês acham que o garoto dormiu nesse dia?

Texto recebido por e-mail sem autoria definida.


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