Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

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sábado, 22 de janeiro de 2011

Do selo lambido ao ponto com 2


Ulisses, nesta resposta ao José Mauro, curva-se a tecnologia e mostra a força do progresso que impulsiona o  universo

 Do selo lambido ao ponto com

No mundo tecnológico
aparentemente ilógico
do viver globalizado
existem muitas pessoas
que seguem tecendo loas
à volta para o passado.

Assustadas com o novo
ficam espalhando pro povo
a mensagem distorcida
que a tecnologia mata
a sabedoria nata
acumulada na vida

Pessoalmente não creio
e vos falo sem receio
que a destruição do erro
nasce do nascer do novo
que Colombo no seu ovo
deu solução ao emperro

A humanidade tão ávida
acolhe a mudança, impávida
a internet é o portal
de nossa biblioteca
onde esta a hipoteca
do saber universal

O desuso é a conseqüência
do avanço da ciência
conforto sempre faz bem
usando certo o bom senso
podemos, sim, assim penso
ter o conforto também

Quem não tem computador
deveria andar de andor
voltar a telegrafar
sentar ao bonde parado
viver no ultrapassado
tempo do manivelar

Ora, pois, que absurdez!
parar o tempo de vez
bom mesmo é facilitar
mostrar a cara do mundo
num placar de um segundo
ver a noticia chegar!

Os dois lados da moeda
muitas vezes envereda
pro lado mal do pensar
mas quando o conhecimento
nos libertar do tormento
o bem há de despontar

Tudo é antropofagia
quando a tecnologia
muda, tudo há de mudar
Pois o avanço é uma alavanca
que a tartaruga manca
não consegue acionar

O medo da novidade
vem da historicidade
Basta ver na promissória
das invenções de Da Vince
até o século vinte
legadas pela memória

É bem grande o corolário
do pensar reacionário
não querendo aceitar
que a invenção é gerada
da necessidade alada
da vontade de mudar

Baudelaire foi rancoroso
não soube ser curioso
rejeitou a novidade
que foi a fotografia
pensando qu’ela trazia
às artes banalidade

Sem falar de Galileu
silenciado sofreu
vitima da neofobia
viu de perto a estupidez
a compulsiva surdez
do embotado que assobia

Deixemos de zum zum zum
o século vinte um
será de desvelamento
tudo nele será exposto
tempero de todo gosto
pra tudo que é pensamento


O homo-faber famoso
no dito do ser ditoso
não sabe mais o que faz
o burro constroi e tomba
o sábio desarma a bomba
que nos levara a paz

Meu amigo José Mauro
enfrentou o Minotauro
eu não lhe tiro a razão
visar apenas ao lucro
faz do homem um ser chucro
sem amor no coração.

Ulisses Germano Leite Rolim
Professor da região do Cariri e um apreciador do cordel

Obs : A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporanea  e do Renascimento. O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente. desde o início da colonização. Na segunda metade do seculo XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas características próprias. Os temas incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas , temas religiosos, politicos, entre muitos outros . Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil desde o início da colonização.
No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraiba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
fonte:Wikpedia


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