Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Padre e o sabonete




Freira expulsa de convento por ter página do Facebook

«Hoje expulsaram-me do convento. Algumas irmãs quenianas tornaram a minha vida impossível».

“Foi assim que a freira María Jesús Galán anunciou no Facebook a sua expulsão do convento, escreve o site noticioso da Globo. Conhecida na cidade espanhola de Toledo como a ‘irmã internet’, viveu naquele convento mais de 35 anos. O Arcebispado de Toledo recusou-se a comentar o caso, divulgado pelo jornal ABC Toledo, e considerou-o um assunto interno da comunidade religiosa. Fontes anónimas descreveram ao jornal o ambiente tenso no convento Santo Domingo el Real entre a freira cibernauta e as outras irmãs. A noticia provocou protestos nas redes sociais. No perfil da freira, muitos deixaram mensagens de apoio de diferentes lugares do mundo.”

Ao ler essa noticia me lembrei de um uma anedota que me contaram outro dia.
Já não fazem mais freirinhas como antigamente.
Hoje elas estão plugadas no mundo real.


Num domingo, dois padres foram tomar banho bem cedo, antes da missa, mas esqueceram o sabonete.
Um dos padres falou:
- Vou buscar dois no meu quarto, que fica logo alí no fim do corredor.
Como era domingo, o convento estava vazio e eles estavam com pressa para irem à missa, ele foi buscar os sabonetes do jeito que estava, pelado mesmo.
Na volta, com os sabonetes um em cada mão, ele deu de cara com três
freiras que, apesar de bem cedo, já estavam indo para a missa.
Sem ter o que fazer, o padre se fingiu de estátua.
 As freiras olharam, espantadas, para aquela nova estátua e comentaram entre si:
- Nossa, que estátua linda, perfeita...
Uma delas, então, ao olhar o "bilau" do padre, resolveu dar um puxão.
Ao sentir a dor, um sabonete escorregou de sua mão.
As freiras, mais espantadas ainda, falaram:
- Não é uma estátua, mas sim, uma máquina de sabonetes!
A outra deu também um novo puxão e outro sabonete escorregou...
- Nossa, que maravilha! Exclamaram com felicidade.
A terceira freira, não querendo ficar para trás, logo puxou o "bilau" do padre,
nada, e puxou... e nada...
E puxou... e nada.... e repuxou... e puxou... e repuxou... e puxou... repuxou... puxou... repuxou... puxou... repuxou... puxou...  repuxou... puxou... repuxou... puxou...
E finalmente, maravilhada, disse:
- Deus seja louvado, essa maquina tem até shampoo!!!


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Causos de Minas XXV - A Onça




Como já contei aqui pra vocês, eu gosto muito de passear por essas Minas Gerais.
Gosto de suas montanhas, suas cidadezinhas, de seu povo, de seus causos.
Gosto da vida simples, da gentileza em nos receber, da comida feita no fogão de lenha, do café adoçado com rapadura.
Mas o que me fascina mesmo são os causos. Esses sim mexem comigo!
Numa dessas andanças, fui visitar uma cidadezinha onde meu pai nasceu, Piacatuba, localizada na Zona da Mata mineira, perto de Leopoldina, Cataguazes, Juiz de Fora.
Uma currutelazinha de uma rua só, que termina no pátio da igreja.
Nela passei algum tempo da minha infância, pois tinha alguns tios que ali permaneceram.
Um deles, Tio Fabio, tinha uma venda, daquelas bem típicas do interior de Minas, onde se vendia de tudo, e na caderneta.
Gostava de ficar por ali, assuntando e escutando as conversas do povo do lugar.
Esta visita me trouxe muitas lembranças e a visão da casa onde se localizava a venda, ainda de pé e bem conservada, reavivou um causo escutado bem alí.
Um belo dia, lá na venda do tio Fabio, alguns amigos conversavam sobre caçadas e um minerim conta pro pessoal:

- Cês precisava di vê como escapei por pouco duma baita onça outro dia...
- Num diga... retrucou alguém.
- Digo sim! Outro dia sai pra caçar uns tatu e repente, topei com a fera e carquei  o dedo no gatilho da minha cartuchera! Mas, nada... cês acredita que a danada faiô?!?
- É mêrmo?
- Mêrmo!!!  Aí carquei de novo e faiô outra veiz......
- Nossinhora! Disse um
- Quissefeiz cumpade? Disse outro
- Ora, aí sai correndo e subi de carreira em cima duma árvre! Mas a danada da onça também escalou os gaio, doida pra botá as pata ni mim. Sorte a minha que a bicha iscurregô da árvre e caiu!
- E aí, cumpade??
- Quanto mais ela tentava subi, mais ela iscurregava! Era tenta subi e caí de novo. E eu lá em riba agarradim nos gaio mais alto. Até que ela desistiu e foi simbora.....
- Nossa, cumpade... Que valentia ! Se fosse com eu, tinha me borrado tudinho ! - disse alguém.
E o minerim:
- E no que o cumpade acha que a onça iscurregô ?

Vocês entendem agora o porque eu adorava ficar por alí?




 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Papos de Buteco 66 – O luto





Olha eu aqui de volta!!!!!!!

Andei estes últimos meses bastante atribulado com diversas atividades, muitas viagens e um novo amor. Isso mesmo! E a quem interessar possa, vai tudo muito bem.

Vou tentar recomeçar a vida blogueira e retornar com novas postagens e principalmente as visitas aos amigos, com os quais ando em falta. Não esqueci de ninguém, de vez em quando andei dando uma olhada rápida pelos blogs, mas me abstive dos comentários, pois não poderia acompanhar de perto. Tentarei agora faze-lo com mais freqüência.



Papos de Buteco – O luto



Fim de ano, vida atribulada, muitas festividades programadas aqui no Buteco.

Festas de empresas, de amigos, enfim, festas que movimentam o nosso dia a dia e propiciam uma renda adicional que não podemos dispensar.

Muito trabalho, mas compensa!

Numa destas festas de turma de amigos, teve uma onde estava presente o Juvenal.

Juvenal é um cara boa praça, bonachão, sempre sorridente, conversa boa, já na casa dos sessenta, mas ainda de aparência jovial e muito namorador.

No meio da festa, Juvenal se aproximou do balcão par me cumprimentar e bater um papinho, coisa que sempre faz quando aqui aparece.

Conversa vai, conversa vem e o Juvenal me disse que estava de namorada nova, uma viúva bastante apetecível que ele conhecera recentemente.

Mulher bonita, já se aproximando também dos sessenta, ficara casada por mais de trinta anos e perdera o marido há quatro anos e nunca mais fez contato com nenhum homem.
A filha, colega de serviço do Juvenal, cansada de ver a mãe tão triste, insistiu muito e apresentou-a ao colega. O espírito alegre e brincalhão do Juvenal, poderia desperta-la novamente para  vida. E os dois acabaram se dando muito bem...

Mas houve um imprevisto, me disse o Juvenal.

Depois de seis semanas saindo quase todas as noites, o Juvenal já estava ansioso em fazer sexo com ela, mas ela resistia. Então ele resolveu leva-la à praia num fim de semana. Ali, os dois sozinhos, hospedados no mesmo quarto, a transa certamente ocorreria. Era tiro e queda!

Na sexta feira chegaram ao hotel e após o check in, os dois sozinhos no aposento luxuoso que ele reservara, ela ainda muito envergonhada, tira a roupa e fica nua, com exceção de uma minúscula calcinha de renda preta, e diz ao Juvenal:

- Você pode fazer o que quiser comigo, mas aqui em baixo - apontando para a calcinha - ainda estou de luto!!!

Foi um balde de água fria no pobre homem.

Aquele mulherão, peladinho, areia pra lotar qualquer caminhãozinho, veio logo com essa restrição. A cobiçada de luto!

Na noite seguinte, a mesma história.

Não resistindo, perguntei ao Juvenal:

- E aí, meu caro, perdeu a viagem? O passarinho morrendo de fome e a vasilha do alpiste fechada?

Prontamente o Juvenal me respondeu:

-Você parece que não me conhece!

E prosseguiu com a historia:

- No domingo a noite, aos 45 minutos do segundo tempo, eu já desesperado, pensei com meus botões – De hoje não passa!

- Entramos no quarto para a ultima noite e ela vai ao banheiro se arrumar e quando volta, fica apenas com a calcinha de renda preta, de frente para mim que estava ali peladão, com uma ereção daquelas e o bilau recoberto por uma camisinha preta!

Ela olha espantada e pergunta:

- Mas o que é isso? Uma camisinha preta?

Ao que eu  respondi:

- Pois é, eu vim dar meus pêsames!



Cai na gargalhada. Não é que o Juvenal achou uma saída para o embrolho?

Ele me disse que o luto acabou naquele dia,

Carpiram o defunto a noite inteira e a viúva nunca mais se lembrou do falecido.


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