Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Indigna Ação!!!!!


A Camara Municipal de Belo Horizonte aprovou em dois turnos o projeto de lei 839/09 que proíbe servir bebidas em garrafas de vidro. O texto será agora enviado ao prefeito Marcio Lacerda para sanção. Como os vereadores não deixaram claro qual o tipo de bebida esta sujeita a esta restrição de embalagem, refrigerantes, sucos e agua também terão que ser servidos em copos plásticos em mesas e balcões de bares e restaurantes. 
O autor deste estapafúrdio projeto, o vereador Paulinho Motorista do PSL, acha que as garrafas de vidro podem ser usadas como arma em caso de uma briga. Pasmem!!!! Para ele a ”banalização da violência e o numero exagerado de bares” estão exigindo uma medida reguladora que garanta a integridade física dos cidadãos. 
Não existem estatísticas confiáveis ou convincentes de ferimentos provocados pelo uso de garrafas quebradas ou não, usadas como arma pelos agressores. Que ideia mais  infeliz. 
A PMMG tem estatisticas confiaveis de todas as ocorrencias policiais na Capital. Eles foram consultados? Foram consultados especialistas em criminologia e comportamento?
Daqui a pouco terão que proibir a utilização de talheres, de pratos de louça  e até do espetinho de churrasco. Que tal proibirem também mesas e cadeiras? Se o motivo for briga.....
É preocupante a provação em dois turnos deste projeto inócuo. Existe uma carência absurda de projetos que realmente beneficiem o cidadão. Esses caras não tem mais o que fazer? 
Ao contrario do que pensam estes vereadores a quantidade de bares de Beagá contribui para uma convivência sadia e alivio de tensões. Alem da enorme geração de empregos.
“Se não tem mar, vamos pro  bar”- é o lema desta Beagá alegre e feliz. 
Os copos de plástico além de anti-higienicos criarão mais lixo não degradável. 
Vamos beber uísque em copos de plástico? E a pinguinha da roça? 
E o nosso copo lagoinha? Foi banido por Lei? 
Será que da próxima vez vão obrigar os bares a colocar chuveiros para serem usados quando os fregueses forem tirar a “agua do joelho?” Façam-me o favor!!! 
Segundo o texto da Lei, a prefeitura devera regulamentar as normas em 120 dias e após, em caso de reincidência no descumprimento delas, o proprietário do bar poderá perder o alvará de funcionamento.
Os vereadores de Beagá estão se "notabilizando" por criarem leis inócuas, inadequadas, inconsequentes e sem nenhuma fundamentação cientifica. Isso quando se dignam a comparecer è Câmara. Ou será que é por não irem que aprovam estas leis?
Fiquei pensando com os meus botões: - Um copo plástico desses deve ser o equivalente a uma sacola plástica de super mercado. Não acabaram de proibi-las por aqui? E transformam o uso dos copinhos em Lei? Vamos abarrotar as ruas de copinhos? Haverá coleta seletiva? Usina de reciclagem?

Fui consultar o Tio Google e achei por lá:
Copos plásticos: problema ambiental!  Por Fábio Pellegrini. Confiram aqui

Não estou tão errado em minhas ponderações. É realmente um contrassenso.
Já tinham feito uma grande besteira ao proibirem as sacolas dos supermercados e o “politicamente correto” alastra esta ideia imbecil por outras cidades do pais. Não temos educação nem infra-estrutura para isso! Leis da Dinamarca nas Terras Brasilis!!!
Na Alemanha, aonde elas não são proibidas por exemplo, calcula-se que sejam gastas cerca de 65 sacolinhas por pessoa por ano. O povo lá é educado, só usa o que realmente precisa. 
O sistema de reciclagem alemão também é considerado bastante eficiente. 
Embalagens plásticas, como sacolas, são jogadas em latas de lixo especiais. Dali elas são transformadas em outros sacos ou produtos plásticos. 
Um povo educado sabe que lixo não é somente uma coisa inútil. Sabe mais; sabe que comunidade limpa não é a que mais se varre, mas a que menos se suja. 
E aí entra em cena outra palavrinha mágica relacionada ao lixo: RECICLAR, pois grande parte dos materiais que vão para o lixo pode (ou deveria) ser reciclada. 
Daí a importância da coleta seletiva do lixo Ah! E a coleta seletiva do lixo? 
Em Belo Horizonte ela ainda está longe do ideal. É praticamente inexistente: Atualmente, o serviço atinge somente 9% dos bairros de Belo Horizonte ou 30 dos 324 bairros com este tipo de recolhimento de lixo. Então, proíbam as sacolinhas!!!! Liberem os copinhos!!!!
Educar custa caro! Usinas de reciclagem também!
A lei fala na substituição por sacolinhas compostáveis (ao custo de 19 centavos ao fregues), que leva amido de milho na composição e deve se biodegradar em 180 dias. Esse processo, gera gases que comprovadamente aumentam o efeito estufa. Então, essa sacolinha pode não trazer todos os benefícios prometidos, caso não tenha a destinação adequada. 
A sacola compostável somente seria adequada se existisse coleta seletiva e usina de compostagem. Sem isso, o que estamos fazendo é jogar comida no lixo. 
Ou seja, faltou informação, faltou educação. 
Para Eduardo Van Roost estudioso dos plásticos há 12 anos, o mais adequado às condições brasileiras é o plástico oxibiodegradável que, ao contrário da sacolinha compostável, pode ser reciclado.
Tá, mas reciclado onde?

A Ana Paula Pedrosa, do “Escritos ao Vento”  fez esta postagem com muita propriedade:

“Há alguns anos, se você pegasse um monte de papel para qualquer coisa, ia escutar de um defensor do meio ambiente uma longa palestra sobre o desmatamento na Amazônia, o efeito estufa e o fim do planeta, tudo culpa das árvores que foram derrubadas para a fabricação daquele bloquinho. Ao que parece, nos últimos anos, o papel adquiriu a capacidade de brotar na natureza e, depois, se extinguir por combustão expontânea.
E, por isso, a prefeitura de Belo Horizonte resolveu estimular as pessoas a usarem sacolas e caixas de papel em suas compras.
Além do benefício à natureza, são extremamente práticas, sobretudo as caixas, para quem tem que fazer compras grandes e carregar duas, três ou quatro unidades. Um estímulo ao desenvolvimento de habilidades como força e equilíbrio do cidadão. Depois de usadas, as caixas e sacolas vão para o lixo vazias, já que não suportam muito peso e, se chover, já era. Podemos colocá-las dentro de sacos de lixo feitos de plástico, plástico mesmo, nada de oxi ou biodegradável. Compramos esses sacos nos supermercados, os mesmos que não distribuem sacolas pelo bem do meio ambiente. Mas, plástico que a gente compra deve ser diferente de plástico que o supermercado distribui. Também sofre combustão espontânea e não deixa vestígios no planeta.
A prefeitura de Belo Horizonte pensou em tudo direitinho.”

Não é que eu acho que a moça tá coberta de razão? 

Não tenho aqui nenhuma pretensão de estar absolutamente certo neste posicionamento.
Ele vem de sentimentos que afloraram e raciocinio lógico. Se você discorda, dê sua opinião e ela será muito bem vinda. Argumente, mostre outro angulo da questão. O que falta nestas ações é justamente o debate.

Fontes: Estado de Minas, Radio Itatiaia, Net e Google





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