Não se fazem
revistas instrutivas como antigamente!
Observem a alegria
e o brilho nos olhos da esposa obediente, uma rainha do lar
Apetrechos indispensaveis para uma boa dona de casa
“Não se deve irritar o homem com ciúmes e duvidas” (Jornal das Moças – 1957)
“Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa
deve redobrar seu carinho, provas de afeto, sem questioná-lo” – (Revista Claudia
– 1962)
“A desordem em um banheiro desperta no marido a
vontade de ir tomar banho fora de casa” (Jornal das Moças – 1955)
“A mulher deve fazer o marido descansar nas horas
vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou
noticias domesticas.” (Jornal das Moças – 1955)
“Se o Marido fuma, não discuta pelo simples fato de
cair cinza no tapete. Tenha cinzeiros espalhados pela casa”.(Jornal das Moças –
1957)
“O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o
matrimonio. ELE é quem decide sempre .”(Revista Querida – 1953)
A mulher
deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter
resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exatamente
como ele a idealizara”. (Revista Cláudia,1962).
“Mesmo que
um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá
gostar de ver que ela cedeu”. (Revista Querida, 1954).
“Sempre que o marido sair a noite com os amigos e
voltar tarde da noite, espere-o linda, cheirosa e dócil “– (Jornal das moças –
1958)
“É fundamental manter sempre a aparência impecável
diante do marido.” (Jornal das Moças – 1957)
“A esposa deve vestir-se depois de casada com a mesma elegância
de solteira, pois é preciso lembrar-se que a caça já foi feita, mas é preciso
mantê-la bem presa.” ( Jornal das Moças - 1955)
Corretivo
“O lugar da mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza”.-
Revista Querida – 1955.
Graças a Deus que quando eu nasci essas tuas revistinhas estavam foram de moda....rs
ResponderExcluirHomens!!!!afff!!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSandra,
ResponderExcluirnão tem tanto tempo assim. Estas eram as manifestações sociais que vinham desde o século XIX e continuou até após a metade do século XX.Com as duas guerras mundiais, 1914/18 e 1939/45 as mulheres foram induzidas a ocuparem postos de trabalho nas industrias, substituindo os homens que foram para os campos de batalha.Terminada a guerra em 45 as mulheres foram doutrinadas a assumir novamente o seu papel de rainha do lar e deixar que os homens ocupassem o seu lugar de destaque como provedores. A função delas era de procriadoras, responsáveis ela educação dos filhos, cuidados com a casa e total subserviência ao Sr. Marido! A mídia representava o seu papel na transformação desta nova sociedade. Claudia, O Cruzeiro, Manchete, Jornal das Moças, nada mais eram do que as Marie Claire, Capricho, Nova, Veja ou Caras de hoje. Da mesma forma que essas novas revistas falam da liberação da mulher, do gozo feminino, da busca do prazer, de divorcio, da dominação sobre os homens e outras coisitas mais, as publicações antigas pregavam a submissão da mulher e a recém criada industria de eletrodomésticos se preocupava em colocar no mercado utilidades para o lar, estimulando as esposas a assumirem o seu lugar, como “Donas de Casa”. A mulher foi lutando para vencer estas barreiras sociais e foi gradualmente assumindo os seus direitos. No Brasil esse movimento se intensificou em meados da década de 60 com Leila Diniz, Baby Consuelo e varias outras, mais importantes ou não, que deram cara a esta insubmissão. Com a pílula e o movimento hipie a liberdade sexual aflorou ainda mais. Mas o homem ainda era o senhor da relação. O momento crucial ocorreu durante o julgamento de Doca Street, assassino de Ângela Diniz, quando escreveram em todas as paredes: "QUEM AMA NÃO MATA", isso em 1979. Na Europa e nos Estados Unidos havia grande efervescência política, de radical revolução dos costumes, de intensa renovação cultural, enquanto que no Brasil o clima era de ditadura militar. A característica que o movimento feminista teve nos EEUA e Europa esta intimamente ligada a esses cenários, e os primeiros grupos feministas só surgiram por aqui em 1972, em São Paulo e no Rio de Janeiro e foram inspirados no feminismo dos Estados Unidos. Essa luta continua até hoje, tendo obtido um grande avanço em 88 na Constituinte. Como você pode ver esse comportamento colocado a vista neste post, não é tão antigo e resquícios dele ainda se encontram presentes em nossa sociedade atual. Ele deve ser lembrado, mesmo que de brincadeira, para percebermos que ainda demanda muita luta para erradicá-lo totalmente. E isso dependera muito da mudança do comportamento das mulheres que ainda fazem do homem a sua exclusiva fonte de sustento, que os colocam no comando das decisões e etc. Temos também de perceber que a criação dos novos homens da geração futura ainda é em grande parte feito pelas mulheres! Elas os criam com o comportamento dos homens que elas criticam ou os criam com o comportamento dos homens que elas queriam que eles fossem? Fica a pergunta...
Caramba... Arrasou!!! Hahahaha
ResponderExcluirQue aula incrível tu deu com esse comentário.
Obviamente muita coisa mudou de lá prá cá e apesar das mudanças positivas, ouso dizer que para muitas de nós nem foi lá muito vantajoso, afinal em nome dessa pretensa liberdade inúmeras funções foram se acumulando e coisas importantes como um acompanhamento maior quanto a criação dos filhos e manutenção da familia acabaram meio que sendo relegados a segundo plano. Interessante como o tema abrange tanta coisa e inevitavelmente nos leva a inúmeras leituras sobre nossa atual forma de viver... Hehe
Papo pá mais di metro, Lufe!
Beijossss
Cristie
ResponderExcluirFui tentar resumir e olha o tamanho que ficou....rs
Cada paragrafo dá um testamento, e discussões mil.
Aos poucos vão surgindo novos papos....
bjs
Pois é LUFE.....falando sério:
ResponderExcluirTENS toda a razão, foste super feliz, como sempre, sabendo explanar com grande precisão e realismo.....meu comentário foi de brincadeira, mas é bem o que tu falou...
Por ter 54 anos vivenciei muito dessas transformações na sociedade,sei bem o que é transpor barreiras e ainda ter toda a estrutura de uma família para cuidar, sei bem o que é terminar um casamento e sustentar sózinha minha casa e sustentar minha filha com o melhor ensino.
Tiro publicamente meu chapéu para teu comentário, foi simples, preciso e sábio!
Bjs,