Acompanhei
sensibilizado as cenas do velório de Rafael Mascarenhas, de 18 anos, filho de Cissa
Guimarães com o musico Raul Mascarenhas.
E
triste ver quebrada a seqüência natural de vida onde os filhos promovem o féretro
dos pais e não o contrario, como neste caso.
Rafael
e dois amigos andavam de skate na pista interditada de um túnel do Leblon, Rio
de Janeiro. Pista interditada para pedestres e automóveis, portanto interditada
também a eles. Dois veículos em alta velocidade, presumivelmente batendo um
pega, invadem a pista onde Rafael estava e um deles o atropela levando o a
morte.
Não
isentando ninguém de culpa, os dois estavam errados. E os dois também são
vitimas da permissividade que a muitos anos assola o Rio de Janeiro.
Miguel
Falabela, no velório, disse que no Rio se perderam as referencias e que os indivíduos
acham que tudo pode, tudo e permitido, se esquecendo de regras e normas de convivência
civilizada. Tudo é permitido até um certo limite. Há limite para tudo.
Em
todo pais ocorrem fatos como esse. Jovens, desafiando a morte, sua e de outras
pessoas, a bordo de automóveis de ultima geração, desafiam as leis do homem e
da física em pegas pelas ruas das cidades. Limites, não os há! Quem iria impor?
Educação
de base. Instituições solidas. Exemplos. Cumprimento as leis. Civilidade.
A
policia, após o acidente, parou o carro do atropelador e o liberou logo após,
segundo informações, sob uma propina de R$10.000,00. Onde estão as
instituições?
O Rio transmite através da sua “arauta” a Rede Globo, a todo
pais, a sua forma de convivência em todos os níveis como se fosse um modelo a seguir. Isso, através das novelas, noticiario, programas de fofocas. La tudo é permitido. Um oba oba geral. Coisas
que não se vêem em outros locais do pais.
Lá
convivem em constante mistura, a alta sociedade, a classe media, marginais, políticos,
policia, bandidos, atletas, traficantes, artistas, prostitutas, e etc, no
melhor relacionamento aberto, sem recriminações, sem criticas, sem limites.
Tudo lá é natural.
Não
é!!!!
Há
de se separar o joio do trigo! Bandido e bandido, marginal é marginal.
Chega
do delicioso jeitinho carioca, ele esta destruindo o Rio e conseqüentemente
afeta todo pais.
Em
um post anterior já havia criticado este modo de levar a vida, criticando a
conduta das autoridades no caso do Adriano.(http://butecodolufe.blogspot.com/2010/06/adriano.html ) Como homem publico, ídolo, ele
deveria ter sido enquadrado cm crime de associação ao trafico. Exemplo! Logo
após, ocorreu outro problema semelhante com Vagner Love. Também deveria ser
enquadrado. Agora temos o caso Bruno. Tudo se mistura.
A
classe media freqüenta os bailes funk na periferia, que são mantidos pelos traficantes,
que fazem a segurança destes locais. Os vídeos estão ai para todos verem. Os
bicheiros, contraventores, sempre estiveram na mídia, nas quadras das escolas
que mantinham, como Mecenas, e que eram freqüentadas por artistas, políticos e pessoas
do povo, de todas as classes sociais.
Sociabilização?
Não, permissividade!
Casos
como estes amplamente divulgados em nossa mídia, sem criticas, espalham a
permissividade e a socializam.
Bandido,
traficante e prostitutas, no Rio, são famosos, tem status, freqüentam a mídia,
convivem socialmente sem serem molestados.
Acho
que chegou a hora do basta!
Tolerância
zero!
Sigamos
o exemplo de Nova York. A sociedade como um todo deve exigir limites, cada
coisa em seu lugar.
Se
ao invés de tomar a atitude de outra Global que só se preocupou em punir o
assassino da filha, para eximir a sua culpa, Cissa se dispusesse a lançar uma
campanha de intolerância à permissividade, em todos os níveis e em todo o pais,
certamente conseguiríamos mudar muita coisa. Sei que isso é exigir muito dela nessa hora, mas ela atingiria uma grandeza como mulher e mãe, como poucas alcançaram.
Há
que se fazer uma reformulação geral. Junto a ela estariam todos os midiáticos deste
pais, com cobertura nacional de todas as redes.
Esta
fala pode parecer reacionária, mas não é! E simplesmente um desabafo contra
tudo que se vê hoje neste pais. Está tudo ao avesso. O errado ta certo,
começando pela autoridade máxima do pais.
Como
disse o Falabela, falta limite.
E
quem impõe esse limite é a sociedade, todos nós!
.
Quem informou para a polícia sobre a propina de R$ 10.000,00 foi o próprio pai do atropelador, quando foi depor. Segundo ele, foi pedido esse valor, mas logo cedo, foi ele se encontrar com os tais policiais e deu um adiantamento de R$ 1.000,00, ficando de entregar o restante depois. Nesse mesmo instante sua esposa liga para seu celular e informa que a vítima era filho da Cissa Guimarães. Ele, o pai, resolve então contactar com a oficina para suspender o "conserto" que havia pedido com urgência e resolve ir à polícia para relatar isso tudo.
ResponderExcluirMoral da história: Se fosse filho de qualquer um de nós, pobres mortais, a propina seria paga totalmente, o carro seria mascarado e ficaria todo mundo de boquinha fechada, pianinho, pianinho...O seu filho só é assassino porque matou o filho de uma atriz famosa e global?!?
Ou será que esse cidadão não se deu conta de quem paga propina também é bandido?
Tá tudo muito louco, ninguém entende mais nada!!!
Concha,
ResponderExcluirè exatamente o que eu discuto no texto.
Não existem mais limites. O desrespeito é total. Ele se denunciou pois sendo filho de gente famosa, certamente a policia quebraria o acordo. Foi por medo, e não por dignidade, honradez!Ocultando ou procurando esconder a responsabilidade do filho na morte de um ser humano, ele acha que estaria trazendo algum beneficio a ele? Foi irresponsavel ao fazer o pega, foi irresponsavel e desumano quando fugiu sem prestar socorro. Com o exemplo que vem dos pais....