Não
me canso de dizer que o balcão do Buteco é uma janela para o mundo.
Daqui
tudo se vê, de tudo se escuta.
Daqui
se observa as situações mais inusitadas.
Outro
dia, estava eu pachorrentamente recostado no balcão, esperando o happy hour,
sempre muito movimentado por aqui, quando me surge à porta, o Praxedes, cujo
apelido é “Condensado”, pelo seu tamanho pequeno e corpo atarracado. Singelo o apelido,
né?
Notei
que ele estava com uma dificuldade ao andar e não aceitou o convite para se
assentar ao balcão, preferindo tomar seu aperitivo de pé.
Notei
também, que ele estava meio macambuzio, com o olhar baixo, parecendo ressabiado
com alguma coisa.
Eu
não disse nada e nem nada perguntei.
Macaco
velho, sei que logo logo ele se abriria e me contaria tudo que lhe aperreava.
Balcão de buteco é assim, igualzinho divã de analista, se o cara veio aqui por
vontade própria é porque ele quer botar pra fora tudo que o atormenta.
É
só esperar com calma que o individuo desanda a falar.
Depois
de tomar umas branquinhas, não é que ele em voz baixa, meio que ao pé do
ouvido, começa a falar:
-
Lufe, vou te contar uma, mas você me promete boca de siri, promete ser como um
tumulo, promete que dessa boca nada sairá?
Já
fiquei logo de orelha em pé! Começar uma historia assim desperta curiosidade em
qualquer um, ainda mais num dono de buteco.
Cruzando
os indicadores em cruz diante dos lábios, fiz a promessa:
-
Condensado, dessa boca não sai uma palavra!
Como
eu não prometi calar os dedos ou não tocar no teclado, conto por aqui pra vocês,
do jeitinho que ele me contou.......rsrsrs
Há
três dias atras, um prisioneiro escapou do presídio, depois de 15 anos
enclausurado e durante sua fuga, ele encontrou uma casa, arrombou e entrou.
Era
justamente a casa do Condensado.
E
êle deu de cara com o casal que estava na cama.
Então,
ele arrancou o Condensado da cama, o amarrou numa poltrona e depois amarrou a
mulher na cama.
O
marido viu o bandido deitar-se sobre a mulher, beijar-lhe a nuca e logo depois,
levantar-se e ir ao banheiro.
Enquanto
ele estava lá, Condensado falou para sua mulher:
-
Amor, ouça, esse cara é um prisioneiro,
olhe só suas roupas! Você está de camisola! Ele provavelmente passou muito
tempo na prisão e há anos não vê uma mulher, por isso te beijou a nuca. Se ele
quiser sexo, não resista não reclame, apenas faça o que ele mandar, dê prazer a
ele para que ele se satisfaça logo e vá embora nos deixando vivos. Esse cara
deve ser perigoso, se ele se zangar, nos mata. Seja forte, amor, eu te amo!
Então
a mulher respondeu:
-
Estou feliz que você pense assim. Com certeza ele não vê uma mulher há anos, mas você se enganou, ele não estava beijando minha nuca. Ele estava cochichando
em meu ouvido.
-
É mesmo? Perguntou o Condensado – E o que ele disse?
-
Ele me falou que te achou muito sexy e gostoso e perguntou se temos vaselina no
banheiro. Eu disse que tinha e ele foi procurar. Seja forte, amor, e nos salve.
Eu também te amo!
Eu também te amo!
Entenderam
agora o acabrunhamento do Condensado?
Não
era pra menos.
No
final ele me disse que o prisioneiro foi até delicado com ele.
O
duro foi aguentar a fungueira no cangote.
Piada
recebida por e mail sem autoria definida
Fico é com pena do prisioneiro, logo um condensado!
ResponderExcluirbjs
Jussara
PS: Estou com saudades
Bom dia Lufe, bom passar por aqui. Rimos um pouquinho!
ResponderExcluirbjus ,LU.
Vixi Maria, o marido se ferrou! HAHAHA Um abraço!
ResponderExcluirUm condensado...
ResponderExcluirBem, considerando o desespero de causa, vale! Rsrsrsrs
Bjs Lufe
Você e seus "causos",rsrsrs
ResponderExcluirCoitado do condensado...
Bjs