Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Veíce

Li este poema no blog http://reflexoeseoutrasdivagacoes.blogspot.com/ do amigo lusitano José.  Ele sempre tem poemas escritos com muito bom humor. Aborda politica, coisas da vida, amores e desamores. É um blog que vale a pena visitar.
Ele não sabe de quem é esse poema,  e nem eu tambem.  
Só sei que morri de rir.  
Um dia a gente chega lá e espero que continuemos  cultivando e mantendo o bom humor.

 
Vô contá como é triste,
vê a veíce chegá:
Vê os cabelos caíno,
vê as vistas encurtá.
Vê as pernas trunbicano,
com preguiça de andá,
vê “aquilo”esmorecendo,
sem força pra levantá.
As carnes vão sumindo,
vai pareceno as veia.
As vista diminuíno,
  e crescendo as sombrancêia
As oiço vão encurtando,
vão aumentano as orêia.
Os ovos dependurando,
e díminuíno a peia.
A veíce é uma doença
que dá em todo cristão.
Dói os braço, dói as pernas,
dói os dedo, dói a mão.
Dói o figo e a barriga,
dói o rim dói o purmão,
dói o fim do espinhaço,
dói a corda do cunhão.
Quando a gente fica véio,
tudo no mundo acontece.
Vai passano pelas ruas
  e as “meninas” se oferece.
A gente óia tudo,
benze a Deus e agradece,
corre ligeiro pra casa,
ou procurano o INSS
No tempo que eu era moço,
  o sol pra mim briava,
eu tinha mir namoradas,
tudo de bom me sobrava.
As minina mai bonita
da cidade eu bolinava,
eu fazia todo o dia
chegava o bichim desbotá.
Mas tudo isso passou,
faz tempo, fico pra trais,
as coisas que eu fazia,
hoje não sô capaiz,
O tempo me robô tudo,
de uma maneira sagaiz.
Pra falá mesmo a verdade
nem trepá eu trepo mais.
Quando chega os setenta,
tudo no mundo embaraça.
Pega a muié vai pra cama,
aparpa beija e abraça,
porém só faiz duas coisa,
sorta peide e acha graça
 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...