Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Papo de Buteco 48 - A missiva.

O que realmente gosto do fato de estar à frente do Buteco é a variada gama de pessoas que conhecemos através dessa atividade.
São profissionais liberais, gente do povo, juízes, desembargadores, balconistas de loja, bancários, funcionários de escritório, todos eles irmanados na atividade de tomar sua cervejinha e jogar conversa fora. Aqui no Buteco todos se igualam, parecem criados na mesma família pelo tanto que convivem por aqui.
Como sou observador, distingo as origens, o nível educacional, a cultura e até a profissão, já que a maioria delas tem os seus jargões e seus componentes geralmente os soltam durante as conversas. Qualquer um consegue perceber isso, basta desenvolver sua habilidade de observador do cotidiano.
Na semana passada, um freguês de caderno, daqueles que passam por aqui diariamente, chegou meio bravo, irritado com alguma coisa que lhe havia acontecido. Ele andava entusiasmadíssimo com uma namoradinha que havia arrumado numa balada: 
- Peça finíssima, dizia ele, mulher pra 400 talheres.
Neste dia, meio emburrado, mostrou-me numa carta o motivo da irritação.
Como não me pediu discrição, mostro para vocês:


Pela correspondencia, vocês conseguem me dizer a que categoria profissional pertence esse fregues?  Esse tá fácil, não é mesmo?
Ainda bem que este namoro não foi pra frente, senão haveria danos materiais pelos presentes de noivado, indenização por danos morais e outras coisas mais.
Tem uns caras que não largam a pofissão nem na hora de paquerar uma mulher.
Eles são a profissão, perdem a identidade!
Vocês não acham?

Tema recebido por e-mail



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