Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Papos de Buteco 66 – O luto





Olha eu aqui de volta!!!!!!!

Andei estes últimos meses bastante atribulado com diversas atividades, muitas viagens e um novo amor. Isso mesmo! E a quem interessar possa, vai tudo muito bem.

Vou tentar recomeçar a vida blogueira e retornar com novas postagens e principalmente as visitas aos amigos, com os quais ando em falta. Não esqueci de ninguém, de vez em quando andei dando uma olhada rápida pelos blogs, mas me abstive dos comentários, pois não poderia acompanhar de perto. Tentarei agora faze-lo com mais freqüência.



Papos de Buteco – O luto



Fim de ano, vida atribulada, muitas festividades programadas aqui no Buteco.

Festas de empresas, de amigos, enfim, festas que movimentam o nosso dia a dia e propiciam uma renda adicional que não podemos dispensar.

Muito trabalho, mas compensa!

Numa destas festas de turma de amigos, teve uma onde estava presente o Juvenal.

Juvenal é um cara boa praça, bonachão, sempre sorridente, conversa boa, já na casa dos sessenta, mas ainda de aparência jovial e muito namorador.

No meio da festa, Juvenal se aproximou do balcão par me cumprimentar e bater um papinho, coisa que sempre faz quando aqui aparece.

Conversa vai, conversa vem e o Juvenal me disse que estava de namorada nova, uma viúva bastante apetecível que ele conhecera recentemente.

Mulher bonita, já se aproximando também dos sessenta, ficara casada por mais de trinta anos e perdera o marido há quatro anos e nunca mais fez contato com nenhum homem.
A filha, colega de serviço do Juvenal, cansada de ver a mãe tão triste, insistiu muito e apresentou-a ao colega. O espírito alegre e brincalhão do Juvenal, poderia desperta-la novamente para  vida. E os dois acabaram se dando muito bem...

Mas houve um imprevisto, me disse o Juvenal.

Depois de seis semanas saindo quase todas as noites, o Juvenal já estava ansioso em fazer sexo com ela, mas ela resistia. Então ele resolveu leva-la à praia num fim de semana. Ali, os dois sozinhos, hospedados no mesmo quarto, a transa certamente ocorreria. Era tiro e queda!

Na sexta feira chegaram ao hotel e após o check in, os dois sozinhos no aposento luxuoso que ele reservara, ela ainda muito envergonhada, tira a roupa e fica nua, com exceção de uma minúscula calcinha de renda preta, e diz ao Juvenal:

- Você pode fazer o que quiser comigo, mas aqui em baixo - apontando para a calcinha - ainda estou de luto!!!

Foi um balde de água fria no pobre homem.

Aquele mulherão, peladinho, areia pra lotar qualquer caminhãozinho, veio logo com essa restrição. A cobiçada de luto!

Na noite seguinte, a mesma história.

Não resistindo, perguntei ao Juvenal:

- E aí, meu caro, perdeu a viagem? O passarinho morrendo de fome e a vasilha do alpiste fechada?

Prontamente o Juvenal me respondeu:

-Você parece que não me conhece!

E prosseguiu com a historia:

- No domingo a noite, aos 45 minutos do segundo tempo, eu já desesperado, pensei com meus botões – De hoje não passa!

- Entramos no quarto para a ultima noite e ela vai ao banheiro se arrumar e quando volta, fica apenas com a calcinha de renda preta, de frente para mim que estava ali peladão, com uma ereção daquelas e o bilau recoberto por uma camisinha preta!

Ela olha espantada e pergunta:

- Mas o que é isso? Uma camisinha preta?

Ao que eu  respondi:

- Pois é, eu vim dar meus pêsames!



Cai na gargalhada. Não é que o Juvenal achou uma saída para o embrolho?

Ele me disse que o luto acabou naquele dia,

Carpiram o defunto a noite inteira e a viúva nunca mais se lembrou do falecido.


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