Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Festejando Miss Moon - ℓυηα

Hoje é o aniversário da Luna Sanchez.

Essa encantadora guria gaúcha que gosta de brincar com as palavras. E como brinca bem! Essa menina/mulher completa hoje mais um ano, de uma vida certamente bem vivida, de uma pessoa antenada, que curte o viver intenso, se arrisca, amplia limites, provoca.
É a minha doce Miss Moon!
Neste momento não me proponho a falar de seus dotes pessoais, da sua sensualidade, malicia, bom  humor, inteligência aguçada, esperteza, liberdade, fineza, sensibilidade, molecagem, cordialidade, educação, gentileza, generosidade, da criatividade,  da maravilhosa capacidade de expressão ou o seu  vigoroso poder magico de encantar as pessoas. Isso tudo eu já disse e não vou reproduzir aqui, sob pena de correr o risco de me tornar repetitivo!

Ela transborda seus sentimentos e a sua malicia  em "Palavras...apenas momentos".  
E resolvi, neste instante para homenageá-la, me utilizar somente das palavras que ela mesmo “ajunta”, sempre com maestria. Peguei seus textos de uma coletânea de pequenos poemas, de uma serie que ela intitula “Em menos de dez linhas” e gravei a minha leitura deles.
E não é que nestas poucas linhas ela diz tudo? 
Quem me ensinou a gravar os áudios, transforma-los em MP3 e hospeda-los para poder utilizar nas postagens foi ela, a minha“professorinha virtual”.  Ah, ela ainda tem uma paciencia de monja. Hoje eu pretendo usar e abusar deste aprendizado. Portanto, por culpa dela mesma, o feitiço “virou” contra a feiticeira e eu quero aqui presenteá-la, como se estivesse em Porto Alegre, no sofá da sua sala, a recitar para ela os seus poemas.

“Visto-me de palavras: escrever é meu hobby de seda pura.” (Luna)

Antes fosse
só um calafrio
desses que passam logo
e não deixam marcas nem vazio.
Mas é mais do que isso, é febre,
estou denunciada no meu olhar vadio.
Apura os teus instintos : sente em mim
- entre os seios e as coxas - o cheiro
e o gosto doce
do cio
E de repente, em um vento forte,
a fúria assustadora das marés.
Início e fim, vida e morte,
meu mundo no compasso do revés.
Nessas ondas altas viro estrela sem norte,
o sal das águas invade o meu convés.
Mas não desisto e mesmo entregue à própria sorte
domo as tempestades, acalmo as ventanias
e então o mar se rende, me devolve a calmaria
e com gentileza e doçura, me afaga os pés.
  
É nova essa vontade que inebria
ou talvez não, quem sabe apenas dormia.
Crescente o desejo, noite e dia,
eu, cheia de graça, sou tua poesia.
Não minguamos, meu bem, sorria :
passeio nua pelo teu céu - teu calor me arrepia -
e derramo com gula, entrega e ousadia
minhas luas nos teus quartos. Quem diria...!
A minha boca sorri, chama, beija,
geme, pede, implora.
Quer a tua antes, depois,
desde sempre, agora.
Me banha com saliva quente,
me provoca, me arrepia, me devora!
Me prova
- me prova - com língua e dentes
que o teu desejo, enfim,
não é só da boca pra fora

Toalha molhada
jogada sobre a cama
não me faz reclamar
nem perder a razão
desde que eu seja deixada,
com um sorriso sacana,
no mesmo lugar
e na mesma condição.
É justo, não?

Mudo o foco, desvio a trajetória,
te dou uma última chance
pra me evitar.
Aproveita e foge!
Depois será tarde demais
e não vou acreditar que não sabia
do sério risco que corria
de ficar preso
no meu olhar.

No bar, o cliente pediu
qualquer coisa pra beliscar.

Apaixonada, a garçonete ofereceu
as próprias coxas. 


Parabéns de coração, guria!!!!!  Um grande beijo procê.


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