Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Que venha 2011

Desejo a todos vocês que comigo conviveram neste ano de 2010 uma excelente passagem de ano, com muita reflexão sobre o ano que passou, com muita alegria, com renovadas perspectivas e esperança no futuro, com muita paz, tolerância e muito, muito amor.
É a hora da renovação, do perdão, do estender a mão, de olhar para a frente.
É a hora de construir, de aprimorar, de crescer.
É a hora de se abrir, de se permitir "ser", de se permitir sentir e de se permitir ser feliz!

Como ultimo  post de 2010 eu resolvi deixar para todos vocês um belo texto, de autor desconhecido e um excelente vídeo de uma empresa, que garimpei por aí.
Todos os dois não se utilizam de meias palavras, eles nos falam diretamente e nos instigam, nos colocam a refletir.

Ano Novo - Livro Novo

Encerra-se mais um ano em sua vida...
Quando este ano começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco
e nele você podia ter um poema,
um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração.
Podia...  Hoje não pode mais, já não é seu.
É um livro já escrito...  
Concluído...

Como um livro que tivesse sido escrito por você,
ele um dia lhe será lido,
com todos os detalhes, e não poderá corrigi-lo.
Estará fora de seu alcance...
Portanto...  antes que termine este ano,
reflita, tome seu velho livro e folheie...
com cuidado...
Deixe passar cada uma das páginas 
pelas mãos e pela consciência...
Faça o exercício de ler a você mesmo.
Leia tudo.

Aprecie aquelas páginas de sua vida 
em que usou seu melhor estilo.
Leia também as páginas que 
gostaria de nunca ter escrito.
Não...  não tentes arrancá-las.
Seria inútil...  Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve 
o novo livro que será entregue.

Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu
e evitar repetir as ruins...
Para escrever o seu novo livro,
você contará novamente com
 o instrumento do livre arbítrio.
E terá, para preencher, toda a imensa
superfície do seu mundo.

Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e,
a seguir, coloque-o nas mãos do Criador.
Não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas negras, entregue 
e diga apenas duas palavras:
OBRIGADO E PERDÃO!

E, quando o novo ano chegar, 
lhe será entregue outro livro, novo,
limpo, branco, todo seu, 
no qual irá escrever tudo que desejar...

FELIZ LIVRO NOVO!








UM FELIZ 2011 A TODOS VOCÊS!!!!!


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Receita de Familia.


Eu tinha preparado um outro texto para hoje, mas pela manha, como sempre faço, desço para trabalhar escutando no carro a Radio Itatiaia, de Belo Horizonte, emissora de noticias, esportes, utilidade publica e diversos programas de variedades. Rádio AM.
Vou revelar a vocês um fato interessante. Já faz pelo menos 10 anos que eu não leio jornal e nem assisto noticiário de TV. Eu só assisto se tiver algum assunto especifico de meu interesse. Eu não tenho paciência para assistir telejornais onde a mídia, ou massacra ou endeusam a quem for de seu interesse.
E o principal de tudo é que só noticia ruim vende jornal. Qualquer um deles. Nenhum fala em melhorar a educação, cultura, nem mete o pau nas falcatruas de governantes ou poderosos. Não me tem feito falta alguma.
Por exemplo, em 2001 eu estava indo trabalhar e escutei pela radio Itatiaia que um avião tinha batido no World Trade Center, cheguei ao trabalho, liguei a TV na CNN e assisti ao vivo o segundo avião batendo na outra torre.
A gente não perde nada se não os assiste.
Mas voltando ao caso que interessa aqui, eu escutava um programa de variedades, do José Lino de Souza Barros, um programa onde ele lança um tema e vários comentaristas, das mais variadas áreas, dão a sua opinião em um debate saudável.
Neste dia, 28/12/10, ele lançou como tema um texto sobra a família, que eu achei delicioso e quis dividi-lo com vocês.
Neste final de ano, quando a gente se dispõe mais às reflexões, achei que seria bastante interessante este tema.
Ele pediu que os comentaristas tentassem se colocar como um dos ingredientes deste “prato” e saíram perolas de comentários.
Desafio agora a que vocês tentem fazer o mesmo.
Que ingrediente vocês são, e qual a sua receita de família?
A minha eu já adianto que parece ser feita, quase em sua totalidade, de ingredientes modificados geneticamente.... só tem peça rara....rs

“Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes.
Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.
Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um.
Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio.
Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite.
O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares.
Súbito, feito milagre, a família está servida.
Fulana sai a mais inteligente de todas.
Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade.
Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo.
Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante.
Aquele o que surpreendeu e foi morar longe.
Ela, a mais apaixonada.
A outra, a mais consistente.
(…)
Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo.
De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco.
Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas.
Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre.
Família é prato extremamente sensível.
Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido.
Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional.
Principalmente na hora que se decide meter a colher.
Saber meter a colher é verdadeira arte.
Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão.
(…)
Família é afinidade, é “à Moda da Casa”.
E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas.
Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.
Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa.
A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia.
(…)
Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas.
Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo.
Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.”

Texto do livro “O Arroz de Palma”, de Francisco Azevedo
Tela de Tarsila do Amaral - A familia



domingo, 26 de dezembro de 2010

Papo de Buteco 40 - A carta.

Eu sempre tive muito medo da palavra escrita, principalmente quando ela envolve sentimentos. As palavras grafadas são duras, impessoais, sem a impressão real de um interlocutor frente a frente, olho no olho. Uma carta ou um e-mail, é uma conversa de um lado só, extremamente unilateral.
Você a escreve com o sentimento do momento, com as palavras que naquele momento exprimem, para você claramente, o que sente.  O interlocutor ao lê-la, coloca ali os seus sentimentos, as suas impressões, as suas interpretações. 
Ele pode ter guardado alguma impressão, que não foi dividida em algum contato anterior e essa impressão interfere na hora da leitura.  Uma só  palavrinha fora do lugar....
As palavras escritas não tem expressão facial, não tem modalidade de tom, de força, de suavidade ou rispidez, elas ficam sujeitas ao estado de espírito de quem as lê.
Eu tenho uma tranqüilidade absoluta quando escrevo sobre temas impessoais, chegando mesmo a ser até bem didático, claro, objetivo.
Com as correspondência pessoal, não, e varias vezes já meti os pés pelas mãos, pela interpretação inadequada, as vezes até injusta, daquilo que eu realmente tive intenção de dizer. Principalmente se existe um mal entendido entre os dois. E depois que o estrago esta feito, é muito difícil o reparo. A desconfiança se instala e fica extremamente difícil repará-la. Normalmente estas correspondências se dão pela distancia física dos interlocutores e o espaço de tempo entre elas pode causar danos até irreversíveis. 
Definitivamente, não gosto delas.
Isso me veio a lembrança devido ao fato que aconteceu com um rapaz, estudante de medicina, que faz residência no Hospital bem próximo aqui do Buteco.
Ele sempre falou de uma namorada que tinha no interior de Minas, pela qual era apaixonadíssimo e queria ficar noivo, para casar assim que terminasse o seu período no Hospital. Chegou aqui um dia, todo entusiasmado, feliz da vida  me mostrando a aliança que comprara, dizendo que em um futuro bem próximo iria até a cidade dela e pedir ao Coronel, pai da moça, a sua mão em casamento.
Antecipando o inverno rigoroso que sempre assolava a terra dela, ele foi a uma loja de departamentos e comprou uma lindo par de luvas de pelica, que lhe daria de presente no Dia dos Namorados, já prevendo o frio que viria.  Ele as enviaria aquele dia mesmo, acompanhada de uma carta à mocinha. Já fazendo um meio de campo.
Dias depois, o rapaz aparece desesperado, pois um engano havia ocorrido no envio, e o pai da garota estava atrás dele, com espingarda em punho, querendo aplicar-lhe um corretivo. 
O casamento, bau bau, foi pras cucuia.....
Ele me disse que escreveu a carta e deixou-a sobre a cama ao lado do embrulho com as luvas, e pediu a uma das enfermeiras que o enviasse pelo Correio.
Ela foi ao quarto, pegou a carta e o embrulho e os colocou na bolsa, para ir ao Correio na saída de seu turno, dali a pouco.
Acontece que por coincidência, ela havia passado naquele dia na mesma loja e comprado uma calcinha, bem sexy, que pretendia usar na próxima saída com o namorado. 
Como eram da mesma loja os embrulhos eram bem parecidos.
Na hora de enviar a correspondência do jovem ela distraidamente pega o embrulho com a calcinha e o envia à namorada do médico juntamente  com a carta.
Ele me mostrou a copia da correspondência e eu a reproduzo para vocês:


O Coronel tem ou não tem razão de estar atrás do rapaz?
E é o que eu disse lá em cima, depois dessa adianta ele tentar explicar alguma coisa?
Se eu fosse ele nunca mais aparecia por lá......


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Meu Presente!


Neste Natal fiquei pensando em que presente pedir ao Papai Noel.
Fiz uma retrospectiva deste ano, lembrei-me de todos os acontecimentos, e uma das coisas que me deu mais alegria, foi a criação deste blog.
Desde a inauguração, do Buteco do Lufe, comecei a interagir com pessoas desconhecidas que foram se aproximando cada vez mais e se tornando presentes no dia a dia. 
Estes desconhecidos , tanto como eu, foram se abrindo,  colocando suas idéias, seus sonhos, suas opiniões e sentimentos por escrito, que foram revelando a essência das pessoas maravilhosas que são.  Com isso os sentimentos afloram.
Ter um blog modifica a vida das pessoas e certamente também de quem os lê e acompanha.
Através do blog, se eleva a auto estima, há um ganho no aprimoramento da escrita, na criatividade, na forma de interagir com as pessoas e muitas outras coisas mais, porque saímos de simples leitores e nos tornamos também produtores e criadores de postagens que nos levam ao riso, à reflexão, às lagrimas, à emoção, nos instigam a participarmos mais ativamente em campanhas, estimulam a leitura, liberam nossa sensibilidade, quantas coisas esta interação nos proporciona. Isso tudo nos obriga claramente  a nos aprimorarmos, tanto em conhecimento, quanto como ser humano.
“Nos blogs existimos, somos, sentimos, falamos, pensamos, reclamamos e até brigamos” como disse em um comentário o Alexandre Maujji, um dos" fregueses" mais assiduos
Existem blogs para todos os gostos e de todas as qualidades, todas as temáticas e todos tem os seus leitores e comentaristas fieis. A vida nos blogs é cada dia mais real. 
Ainda tem muita gente que preza o anonimato, mas cada vez mais as pessoas se mostram como verdadeiramente elas são. E elas se mostram!
É claramente uma revolução de costumes.
Pensando nisso tudo, deixei de lado a caneta e o papel e resolvi que este ano, eu já ganhei o meu presente, muito melhor do que qualquer outro que eu pudesse pedir.
Ele veio em forma de duzentas pessoas, “gentes”, a quem eu chamo carinhosamente de fregueses, os meus "fregueses VIP", que me acompanham e interagem comigo, através de seus comentários, observações pertinentes, elogios, e puxões de orelha, também,  que colocam suas opiniões, sugerem temas para postagens, enfim, se sentem também “donos” do Buteco. 
E eles o são !!!!
Alguns se disvirtualizam, passam a fazer parte da vida “mais real”, sim, da vida mais real, pois eu considero a blogagem uma extensão da vida real.
A Carla Farinazzi, outra "freguesa" querida, disse em um post: "existem pessoas cuja alma se apresenta primeiro". É uma grande verdade.  Aconteceu muito por aqui....
Pedir mais presente? Praquê?
Esta é uma homenagem ao presente que vim recebendo ao longo destes 8 meses de Buteco. Vocês foram e continuam sendo o MEU PRESENTE!
Obrigado a todos vocês, de coração, por fazerem parte e me alegrarem e conseqüentemente darem vida a este Buteco.
Obrigado tambem a todos que por aqui passaram neste Buteco, que mesmo não comentando, me deram o prazer da presença.
Um lindo Natal a todos, junto às pessoas que amam e lhes são importantes, e um Ano Novo cheio de realizações, tranquilidade e sucesso, e intensas emoções, é o que desejo a todos vocês:


 




segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Papo de Buteco 39 - O "infermêro"

Como vocês bem sabem, o meu Buteco fica numa região de Belo Horizonte muito movimentada, tem de tudo por aqui.
Este ano, apareceram por aqui avestruz, cachorro ensinado, frango atravessando a avenida, bêbado em procissão, médicos espertos e outros safados, advogados quase sempre espertalhões, teve de tudo um pouco.
Relembrando essas historias, me recordei de uma outra que deu o que falar na época.
Como eu sempre digo, o Buteco é a “Embaixada dos Capiau” que vem da roça para Beaga resolver problemas, buscar trabalho ou apenas passear.
Mas também vem no rastro, os Doutô de lá.
Certo dia, apareceu por aqui um medico do interior, destes que trabalham nos Postos de Saúde do Governo. Quem mora no interior e depende deles sabem bem como eles são. 
Na hora que precisam deles, vai achar onde se escondem.... O cara pode estar morrendo que não acham eles....  E se acharem tambem, eles colocam o cara na ambulância e mandam pra BH.
No posto, onde deveria estar cumprindo o seu horário é que não estão.  Sabe-se lá por onde andam. 
E o povão é que sofre.
Pois esse Doutô, passou por aqui e parou para uma prosa e tomar uma pinguinha, que isso também eles gostam, e muito!. Nisso eles são "Doutô" mesmo!
Conversa vai, conversa vem, ele já me conta uma das peripécias dele. 
Eles são tão caras de pau que admitem viverem fora do serviço.
Ele me disse, que certo dia, de extremo calor, ele "trabalha" no Norte de Minas, calor de rachar mamona, como a gente diz, ele resolve dar uma passeada no seu horário de plantão.
Nesse dia, estava também de serviço um enfermeiro novo, acabado de concluir o curso de auxiliar de enfermagem e que estava em seu primeiro serviço profissional.
Ele vira para o enfermeiro de diz:
  - Zequinha, eu vou dar uma saidinha, umas três horas mais ou menos, só um cadiquim, e você vai ficar encarregado de tomar conta do consultório enquanto eu estiver ausente.
- Mais Doutô, diz o Zequinha....
- Zequinha, vou sair, volto logo e não pode fechar a clí­nica. Tenho certeza que você consegue cuidar dela e de todos os pacientes!
- Ocê podi deixá cumigo que dô conta du recado! - respondeu o enfermeiro Zequinha
O médico saiu, foi pra casa, deitou na rede, tirou um cochilo, aproveitou e deu um trato na mulher, tomou uma limonada pra espantar o calor e voltou 3 horas depois .
- Então, Zequinha, tudo tranquilo ?
- Uai, só atendi treis pacienti, Doutô!
- É mesmo, como foi?
- O primero tava cuma dor di cabeça danada. I então, eu receitei o tar de Paracetamor pra ele.
- Bravo, meu rapaz.
- Ora....
- E o segundo? - perguntou o médico.
- O segundo tava cum indigestã nu istongo e eu dei o tar di Guronsan -informou o Zequinha
- Bravo, bravo! Você é muito bom nisso. E o terceiro? - perguntou o médico.
- Oia ... doutô esse causo mi deu mais trabaio.... Eu tava sentadim aqui, quetim nu meu cantim,  i di repenti abriu a porta i entra uma muié muito bunita. Ela era dispachada, arranco as ropa, tiro tudo, inté as carcinha e fico cos peito tudo pra fora. Si ajeitô sobre a maca, tudinha suada, abriu as perna, mostrô a bacurinha e gritô:
- Ajude-me, pelo amor de Deus! Faz CINCO ANOS que eu não vejo homem!
- Nossa Senhora, Zé!!!! O que você fez, homem ? - perguntou o médico.
- Uai doutô, prá resorve o pobrema da moça eu carquei bastanti colírio no zóio dela, uai !!!!!!

Eu só queria saber se resolveu o problema da moça. Será?
E o pior, é que se vocês perguntarem aos enfermeiros dos Postos se isso acontece mesmo, o que vocês acham que eles respondem?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Essas Loucas Mulheres!!!!

Desde menino o meu imaginário feminino foi composto por mulheres lindas, que se destacavam naquela época, onde eu comecei a ver que as mulheres existiam e a convivencia com elas era um componente fundamental para uma vida plena. O que seria de nós homens sem essas mulheres e sem o imaginário criado em torno delas. Estas mulheres me estabeleceram um parâmetro que eu segui a vida toda e ainda sigo até hoje. E  eu posso afirmar com convicção que jamais me arrependi! 
Para mim, mulher "mulher" é aquela que da trabalho, aquela que te deixa inquieto, que te provoca, te instiga, inteligente (embora algumas não pareçam ser, e o são), sensual, moleca, séria quando deve ser, insinuante, sem falsos pudores, elegante, independente, livre e dona do seu nariz, que quebra paradigmas e o faz sem ser vulgar.
Algumas dessas mulheres são bastante conhecidas, como Marilyn Monroe.

Uma das atrizes mais sexys de Hollywood.  
Ela "só" tinha 1,67 m de altura, 94 cm de busto, 61 cm de cintura e 89 cm de quadril. Eita!!!! Dizem as boas linguas, que ela foi a inventora do sex appeal. Isso eu não sei, mas que ela era sexy ela era e que era "peitulante" ela tambem era...
Uma vez ela disse: ”Eu tenho fantasias demais para ser uma dona de casa. Acredito que eu sou uma fantasia.”  
Pelo menos minha fantasia ela era e como era!
Um dos momentos mais marcantes, que eu me lembro foi quando ela cantou com voz lasciva  "Happy Birthday Mr. President", para John Kennedy (com quem teve um longo caso), metida num vestido que foi descrito como feito de "pele e pérolas. Só que não se via as pérolas." 
Para quem quiser vê-la cantando o JFK, pode vê-la aqui
Dizem que morreu assassinada por sua relação com os Kennedy. 
Marilyn morreu em 1962 aos 36 anos
Eu tinha 12 anos nessa época e ela já me encantava.
Para o pessoal mais novo e para quem não assistiu nenhum filme dela, vale uma olhadinha neste video .

 Outra de minhas musas foi Leila Diniz. 
Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, e escandalizou o país ao exibir a sua gravidez de biquini na praia, e também chocou o país inteiro ao proferir a frase: "Transo de manhã, de tarde e de noite. "
Foi considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Era malvista pela direita opressora, difamada pela esquerda ultra-radical e tida como vulgar pelas mulheres da época.
Ela era a musa maior da famosa Banda de Ipanema.
Numa entrevista ao Pasquim em 69 ela disse: “Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo.” 
Isso em 1969!!!!!  Para quem não a conhece, eis aqui uma das homenagens a ela neste  video.
Olhem so que gostosura o modo dela falar em um trecho de "Edu, Coração de Ouro" filme dirigido por Domingos Oliveira em 1967: veja o  video.
Morreu em 1972 com 27 anos, em um desastre de avião na India.
Leila era defensora do amor livre e do prazer sexual e é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina no Brasil, pois ajudou a romper conceitos e tabus por meio de suas idéias , suas falas e suas atitudes contestadoras.  
Eu era seu fã!!!!! Foi mesmo uma revolucionária. 

Uma terceira foi Elis Regina, a “Pimentinha”. Eu a vi cantar pela primeira vez junto com Jair Rodrigues em 1964, ano da revolução no Brasil. A partir daí, acompanhei de perto sua carreira. Gostava dela por que alem de ser uma das maiores interpretes que eu ja vi, ela não tinha papas na lingua, falava o que queria. A baixinha era uma leoa, ai de quem pisasse em seus calos. Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa na campanha pela Anistia de exilados brasileiros. Ela somente não foi presa dada a estrondosa popularidade. Uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas como a de "O bêbado e a equilibrista," a qual se tornou o hino da Anistia.  
Para quer quiser se recordar da musica e tambem situar a epoca, veja esse  video
Morreu em 1982 aos 36 anos de idade.
Ao saber da morte de Elis Regina...Sarah Vaughan, considerada uma das maiores vozes do jazz comentou em seu programa de rádio: "Morreu a maior cantora de jazz de todos os tempos...a brasileira Elis Regina."

 Outras mulheres maravilhosas sempre povoaram e ainda protagonizam os meus sonhos, algumas conhecidas, como estas citadas, mas a grande maioria desconhecida, frutos de meus relacionamentos, todas de grande importância para mim.
Este parâmetro eu sigo ate hoje:  Mulher bonita e doida...... e como é bom!!!!!

Me lembrei destas mulheres ao garimpar essa interpretação rara de Chico Buarque, em uma montagem da qual eu não sei o autor, fazendo uma homenagem a Marilyn
Essa musica já foi interpretada pelos autores, por Betania, Gal, Simone, e até a Ivete, entre outros.







Interprete: Chico Buarque
Musica de: Roberto e Erasmo Carlos

Olha, você têm todas as coisas
que eu dia eu sonhei para mim
a cabeça cheia de problemas
não me importo eu gosto mesmo assim...

Tem os olhos cheios de esperanças
de uma cor que mais ninguém possui
me traz meu passado e as lembranças
do que eu sempre quis ser e que não fui...

Olha você vive tão distante
muito além do que eu posso ver
e eu que sempre fui tão inconstante
te juro o meu amor agora é pra valer!

Olha vem comigo aonde eu for
seja a minha amante e o meu amor
vem seguir comigo o meu caminho
e viver a vida só de amor

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Papo de Buteco 38 - A pescaria

Um dia desses, apareceu no Buteco o Ariosvaldo, um sujeito bacana, na casa dos seus cinquenta anos, já tranqüilo na vida, filhos criados, mulher que depois de tantos anos de casada, já não pega mais no pé. 
Enfim, ele esta naquela fase  em que o sujeito esta procurando coisas para se ocupar e se divertir. Tá com o burro na sombra.
Dinheiro ele tem, filhos não preocupam mais, mulher tá mansinha, então, ele tá do jeito que pediu a Deus e do jeitinho que o diabo gosta. 
Sentou-se pediu uma “loura” geladinha, um tira gosto e começamos a bater um papinho descontraído. 
Ele me disse que estava voltando de uma pescaria no Velho Chico, que é como o pessoal chama o Rio São Francisco, aqui pelas nossas bandas. 
Ele me disse que foi se hospedar na fazenda de Seu Miguelim, perto de Pirapora, já quase chegando na Bahia. 
Lugar onde ainda se pega muito peixe, dourados, surubins, só peixe grande. 
Como o Ariosvaldo é um sujeito esperto, daqueles que bota reparo em tudo, ele sempre tem uns bons "causos" pra contar. E já foi logo desembuchando um. 

Ele me disse, que no dia da chegada dele à fazenda, o Seu Miguelim o recebeu de braços abertos, como é de praxe no interior de Minas. 
Eles se sentaram na varanda, tomando uma limonada geladinha, proseando, proseando, pitando um cigarrinho de palha, quando de repente passa correndo um menino magrelinho, canela fina, espertinho.
Seu Miguelim dá um grito:
- Diproma, vai falá pra sua avó trazê um cafézim aqui pra visita!
E o amigo Ariosvaldo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim purquê mandei a minha fia estudá em Belzonte e a única coisa que ela trouxe de lá foi esse estrupicio!
O papo continuou o resto da tarde e o Ari, quietinho, nada mais perguntou, nem o véio falou.

No dia seguinte de manhanzinha ainda, o sol acabando de nascer, o pessoal veio chegando para saírem pra pescaria.
Enquanto o Ariosvaldo prepara a sua tralha de pesca na carroceria da caminhonete ele escuta uma conversa entre dois “cumpanhêro” de pesca
O primeiro pergunta:
- Então cumpade, ocê tá animado?
E o segundo responde:
- Eu tô, home!
O primeiro, notando que o outro leva um embornal a mais pergunta:
- Ô cumpade, pro mode quê ocê tá levano esses dois embornar?
- É que eu tô levano uma pingazinha pra nois, cumpade.
- Pinga, cumpade? Nóis num tinha acertado que nois num ia bebê mais?!
- Cumpade, é que pode aparece uma cobra e pica a gente. Aí nóis desinfeta com a pinga e toma uns gole tamém que é pra mode de nois num sinti a dô.
- É..... e no outro embornar, o que qui ocê tá levano?
- É a cobra, cumpade. Pode num tê lá..... Vai que num tem, né?
Só posso dizer pra vocês que o Ariosvaldo quase caiu da carroceria, se engasgou, e quase passou mal, de tanto tentar engolir o riso. Vai que eles pensam que ele estava gozando deles. Cara da cidade.....pegava mal, não é mesmo?

Prosseguindo  contando o causo, o Ari me disse que pescaram tanto que ele até ficou enjoado de tanto ver peixe.
Na volta, ele dá carona pra estes dois companheiros ate a estação ferroviária, pois eles iriam voltar para a cidadezinha deles de trem, pois a caminhonete estava lotada com os isopores para transporte dos peixes.
Ele me disse que acompanhou um dos mineirim até o guichê  para comprar um bilhete.
- Eu quero uma passage pro
 Esbui , ele solicita ao atendente.
- Não entendi.... o senhor pode repetir, por favor?
- Eu disse qui eu quero uma passage pro Esbui!
- Sinto muito, senhor, disse o atendente, não temos passagem para o Esbui.
Aborrecido, o mineirim se afasta do guichê, se aproxima do amigo que o estava aguardando e lamenta:
- Oia, Esbui, ocê vai tê que arrumá um otro jeitim de ir imbora, pois o home falô que procê num tem passage não! 

Eu vou contar pra vocês, com essa, eu me levantei da mesa e fui procurar outra freguesia. Nesses "causos" de pescaria, dá pra acreditar?
Tem gente que acredita, né?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O que é Sucesso?

Muita gente pergunta o que é o sucesso. O sucesso pode ser medido de diversas formas, depende muito da ótica de quem vê. Porém, ao longo da vida, o maior sucesso aparece de forma marcante caracterizando fase a fase. O final de ano é sempre época de se repensar a vida, de meditar, de rever conceitos e traçar metas.  Este texto é para reflexão.

Aos 02 anos sucesso é: conseguir andar. 


Aos 04 anos sucesso é: não fazer xixi nas calças. 


Aos 12 anos sucesso é: ter muitos amigos. 


Aos 18 anos sucesso é: ter carteira de motorista. 


Aos 20 anos sucesso é: fazer muito sexo. 


Aos 35 anos sucesso é: dinheiro. 


Aos 50 anos sucesso é: muito dinheiro. 


Aos 60 anos sucesso é: fazer sexo. 


Aos 70 anos sucesso é: ter carteira de motorista.


Aos 75 anos sucesso é: ter amigos. 


Aos 80 anos sucesso é: não fazer xixi nas calças. 


Aos 90 anos sucesso é: conseguir andar.


Assim é a vida...

Não levamos nada dessa vida.
Para que perder tempo com a maldade, com a falsidade, 
com a intolerância, com a intransigência, com o rancor, 
com a desconfiança, com o desamor.
Todos teremos o mesmo destino, independentemente 
da condição financeira ou social.
Portanto, ame muito, deixe-se amar, brinque muito, ria muito, perdoe muito e aproveite a vida a cada dia.
Busque ser feliz !!!

Texto enviado pela amiga Jussara.


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