Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Causos de Minas IV - Ordem no Convento


Nós mineiros sempre fomos considerados os guardiões das tradições, da moral e dos valores familiares. E tem muita verdade nisso.
È um povo que preza a família acima de tudo. E com isso se preocupa também em manter as aparências. Mineiro detesta que façam fofoca com alguém da família. Eles se preservam. Mantem sempre a imagem de família tradicional. Tudo acontece na casa dos outros, Na deles, nunca! Ele respeita e preserva as instituições! Sempre me dizem que o mineiro é dissimulado. Com essa marca eu nunca concordei! Ele não é dissimulado, ele simplesmente não se escancara, não se abre, não se revela a quem ele não conhece. Ele não é dado a grandes alardes ou grandes e efusivas manifestações. Ele é mais quieto no seu canto, observa tudo, percebe tudo. Povo inteligente, esperto, matreiro, que muitas vezes surpreende o interlocutor com alguns apartes simples, de poucas palavras, mas de grande sabedoria. Ele realmente é aquele que come o mingau pelas beiradas, ele não é afoito, não se queima por afobação ou imprudência. Nossos grandes políticos carregam com eles essa marca, como Juscelino e Tancredo.
Outro dia, conversando com um amigo, cirurgião plástico, ele me contou um "causo" que demonstra bem como pensa a mineirada.
No antigo Colegio Sion, existia um convento e consequentemente um noviciado.
Um dia, a Madre superiora o procurou no consultório para lhe fazer uma solicitação.
Ele a recebeu, e a Madre então lhe disse:
- Doutor, tenho um caso grave e de grande sigilo que gostaria que o senhor intervisse.
- Pois não Madre, em que posso servi-la? Perguntou ele.
- Na semana passada entrou um ladrão no convento roubando diversas coisas de valor, mas o pior é que ele invadiu a clausura e estuprou uma de nossas freiras. Ele escolheu uma das mais jovens, ainda recente nos votos.
- Quer horror, Madre.
- Pois é Doutor, por isso preciso dos seus serviços.
- Mas como Madre?
- A freirinha que sofreu o estupro  está causando grande comoção nas outras freiras e noviças. Ela não esta podendo participar de um convívio sadio, não esta podendo circular nos corredores nem fazer parte das cerimonias ou refeições em conjunto e o senhor precisa me ajudar. Será preciso uma intervenção cirúrgica.
- Mas madre, eu só faço cirurgia estética, e não reparadora. Ainda mais reconstrução de hímen. Não esta dentro das minhas aptidões. Eu só  faço cirurgias de face.
- Não Doutor, é isso mesmo. O que eu preciso é sim dentro da sua especialidade.
- Mas como Madre?
- Doutor, eu preciso que o senhor retire dela aquela cara de felicidade que ela ficou depois do estupro, senão eu não vou conseguir manter a ordem no convento. As outras freiras estão todas ficando pra lá de assanhadas.

Como podem ver, por aqui a imagem é tudo!
Gostar pode, não pode é falar que gostou. 

***
O concurso de contos promovido pela Elaine Gaspareto do blog Um pouco de mim continua a todo vapor.
O meu conto, "Namoradeira", esta entre eles!
A fase de de votação pelos leitores que apontarão os 3 vencedores do concurso 
vai até o dia 9 de julho!
Participe! O seu voto é muito importante e dará enorme satisfação a todos os participantes.

Para ler todos os contos clique aqui
Para votar clique aqui


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Delícias da minha juventude! II - Ano 67


Estávamos nos últimos meses de 1967 e o Guilherme ( aquele do violão do "Delicias da minha juventude") estudava Física na Universidade Federal.de Minas Gerais.
Nesta mesma época foi também inaugurado o CEU, Centro Esportivo Universitário, logo ali ao lado do Mineirão. Um centro de esportes com todas as modalidades olímpicas.
Somente poderiam frequentá-lo os alunos da Federal.
Como tínhamos o nosso conjunto vocal, éramos o arroz doce de todas as festas da turma da Física e foi fácil arrumarem uma carteirinha no DCE em meu nome, a qual me daria ingresso ao Céu. Coisa de jovens deliciosamente trambiqueiros. 
Esse acesso precoce ao meio universitário teve grande influencia na minha formação como homem e como bicho social. 
Com o acesso garantido, eu não saia mais de lá. Virei universitário, estudante de Física, aos 17 anos. Bom, pelo menos a atividade física era quase diária, né? 
Atividades anaeróbicas e orgásticas. Mens sana in corpore sano.
Naquela época, estava no auge a tese do amor livre e toda menina que queria se dizer moderninha aderiu. O tabu da virgindade começou a ser encarado como se hoje quem o defendesse fosse a favor do desmatamento. O termo ainda não existia, mas virou politicamente correto perder a virgindade. 
Era um tempo de novas descobertas para os jovens de ambos o sexos.
Nós, os homens, já vinhamos perdendo nossa virgindade na Zona Boemia, nas “casas da luz vermelha” ou então com as gentis domesticas, que nos favoreciam nas esquinas, escadas e garagens dos predios,  apenas por amor. 
Era tambem a oportunidade que elas tinham de transar com um garotão Zona Sul, que naqueles instantes lhe fazia juras de amor eterno. A gente fingia um flerte e elas fingiam que acreditavam. Este era o costume da época.
Aos homens tudo, às mulheres o recato. Éramos incentivados a sermos garanhões e predadores. Elas, mães de família cercadas da prole.
Com as garotas já era bem diferente. Com a educação ainda nos moldes dos anos 50, morriam de medo de serem “faladas” e não conseguirem mais casar. 
Com o advento da minissaia elas se tornaram mais sexys e logicamente começaram a aprender a lidar com essa sexualidade mais exposta. Elas foram tomando mais consciência do poder que exerciam nos homens. Com o aparecimento logo em seguida da pílula anticoncepcional a maior barreira passou a ser a discrição. 
Elas não queriam ser chamadas de “fáceis’, “galinhas”.
Pra transar tinha que namorar, e muito. 
A vida de garanhão não era nada tranquila e muitas vezes ainda saiamos da casa de nossas namoradas e íamos encerrar a noite com as meninas de “vida fácil”. 
Era uma fase de transição.
Os homens excitados pela facilidade da pílula, que os livrava de uma paternidade indesejada e as garotas ainda receosas do que “os outros iam pensar”. 
Naquele tempo, o uso de camisinha era considerado ate um desrespeito, pois demonstrava que você tinha medo de pegar alguma DST com  a garota. Mas como? Ela eram virgens, não eram? Isso mesmo, camisinha só era usada com uma grande desconfiança de doença. 
Nem na zona as usávamos.
Namorávamos inicialmente só de mãos dadas e as vezes demorávamos de três a quatro encontros para trocarmos o primeiro beijo. As garotas se preservavam. 
Elas ainda viviam numa estrutura que as obrigava, vinda do final dos anos 50 e inicio dos 60, a se submeterem a casamentos, nem sempre convictos, mais com o objetivo de saírem da casa dos pais. Saírem daquele circulo social que ainda as oprimia. 
Naquele tempo ainda era através do casamento que elas conseguiam esse intento. Serem seres dotados de sexualidade e donas do próprio nariz.
Mas as garotas dessa geração estava disposta a mudar este processo. Elas intuitivamente sabiam o que queriam. A mudança era inevitável!
Elas sabiam ( a mulher sempre sabe) que os homens ainda não tinham um preparo (nem sei se hoje já tem)  para encararem essa mudança numa boa. 
Eles precisavam amadurecer.
Eles ainda classificavam as garotas em garotas “pra sair” e garotas “para casar”. 
Outro dia assisti horrorizado na TV um rapazinho do século XXI falando isso: “Aquela é pra casar! Foram anos de luta e evolução social para chegarmos aos dias de hoje e ainda escutarmos isso saido da boca de um Emo?
Bom, mas voltando no tempo...
Nessa época ocorreu o nascimento cultural da "nossa" sexualidade, a sexualidade dissociou-se do sexo com fins reprodutivos. 
Esta divisão foi tão completa que no final dos anos 60 começou-se a acreditar que as duas não tinham absolutamente nada a ver uma com a outra. 
Esta revolução sexual se iniciou com o questionamento dos modelos morais vigentes e da "da família feliz" como fonte de opressão e de descontentamento. 
Esse questionamento foi estimulado pela introdução da pílula que, por um lado permitiu que as mulheres, pela primeira vez na história, pudessem impedir a gravidez com um grau de confiabilidade sem precedentes.  Isso as tornou mais livres mas, por outro lado, a pílula contribuiu para colocar, sobretudo mulheres jovens, numa grande tensão para não se sentissem constrangidas face ao ato sexual. 
Não havia mais desculpa para não pô-lo em pratica. E como isso pesou.
Não pensem que essa transição foi difícil somente do lado feminino. Ela foi extremamente difícil também para nos homens.
Estávamos acostumados com as profissionais do sexo. Não tínhamos preparo para nos relacionarmos sexualmente com nossas namoradas. E elas queriam!
Nós as respeitávamos muito mais do que elas queriam e achávamos que com elas não poderíamos agir como agíamos com as “mulheres da vida”.  Ficávamos cheios de dedos sem saber como agir com aquela sexualidade transbordante e excitante. 
Em matéria de sexo, pelo lado masculino, não estávamos acostumados a envolver sentimentos. Sexo era só sexo. Mas agora um nova forma de sexo se apresentava.
Essas novas garotas estavam nos ensinando uma forma, também nova, de lidar com a sexualidade.  Tudo era experimental. Ocorreram muitos excessos, lógico, mas éramos puros e ingênuos e nos entregamos plenos aos experimentos. 
Alguns aprenderam!  Elas é que transformaram o mundo!
Essa fase de transição social, de costumes e valores, eu passei, menino ainda, junto a garotas universitárias, de vanguarda. Como me ensinaram! E como eu aprendi. 
As mudanças começaram com o sexo. Tudo o mais nasceu na luta contra a autoridade e aos valores sociais e morais estabelecidos.
Lia-se Reich, Simone de Beauvoir, Marcuse e os fundamentos da contracultura, a chamada geração Beatnik e o rock,  fenômenos dos anos 50 nos Estados Unidos, já batiam as nossas portas.  As filosofias orientais eram assunto das rodas de boteco.
Cresci muito nessa epoca como pessoa, intelectual e socialmente.
Tudo isso por causa daquele trambique da carteirinha, levado a cabo pelos relacionamentos feitos nas rodas de viola.

Depois eu conto mais destas minhas ruminancias procês.....


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Parabéns Gisa!!!


Répi berde tuiú, répe berde tuiú, répe berde mai dier,  
répe berde tuiúúúúúúú!!!!!!

Parabéns querida Gisa.
Hoje em o dia do aniversario dessa moça pelotense da mais alta qualidade.
Nos conhecemos através de nossos blogs e estamos sempre trocando figurinhas.
Gisa é dona de uma imaginação fértil, culta, de palavra fácil, inteligente, instigante, sensual, esperta e criativa. Não sei como da conta, mas posta todo dia. 
Posts curtinhos, mas enormes no fazer pensar. Muito pensar e muitas vezes sonhar!
Ela é sempre intensa, sem falsos pudores, simplesmente se permite.
Gisa nos cativa pela sua alegria, otimismo, simpatia e educação. Ela é sempre gentil nos seus comentarios. Critica, ironica, mas sempre gentil.
È o tipo de gente que queremos ter sempre por perto, daquelas que entram em  nossa vida e ocupam para sempre um cantinho, daquelas que gostariamos de passar o dia papeando.

Carla, do “Pequenos barulhos internos”, disse uma vez : "Existem pessoas cuja alma se apresenta primeiro", frase da qual nunca me esqueci.

Gisela querida, você certamente é uma delas! Você se apresenta de peito aberto, clara, transparente, intensa, integra. Mostra a que veio!
Não tem codigo de barras nem prazo de validade. A cada dia se mostra melhor, mais evoluida, mais sensivel, mais vibrante.

Parabéns por mais um ano de vida, torcendo sempre pelos muitos outros que virão, sempre nos brindando com essa mente criativa, seu humor, sua paixão pelo que faz.

Para quem não conhece a Gisa, vá ao “Ler escrever e viver”, vale a pena!!!


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Papo de Buteco 53 - A Freira e a Taxista


Estava um dia à porta do Buteco observando o movimento  e vi uma freira descendo a rua pela calçada. De repente veio um taxi, fez a curva e se desgovernou e subiu no passeio. Atropelou a freira e bateu violentamente num poste. A motorista do taxi, isso mesmo a motorista, também morreu na hora. Trágico! 
Chamava-se Flavia, coincidentemente o mesmo nome da freira, Irma Flavia. 
Uma era freira e a outra, taxista. 
Quis o destino que morressem no mesmo dia, a mesma hora.

Este fato me impressionou muito e tem coisas que ficam marcadas na nossa memória. Durante o resto do dia pensei muito nesse caso.
Volta e meia me via a remoe-lo.
À noite, cansado, subi para o meu Ap em busca de descanso
Custei a dormir, a cena não me saia do pensamento.
Depois de muito rolar na cama, dormi, dormi e sonhei.
Sonhei com as duas subindo aos céus.
Quando chegaram lá, São Pedro esperava-as.
Aquele mesmo São Pedro de sempre. Velho conhecido.
Túnica branca, cordinha na cintura, sandálias, cabelos e barbas brancas, na cabeça uma coroinha de calvície.

À primeira que chegou ele pergunta:
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Não, a taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bem, minha filha, ganhastes o paraíso. Terás um lugar privilegiado. Leva esta túnica com fios de ouro. Pode entrar e se acomodar. Aproveite a eternidade.....
Aproximando-se da próxima, ele pergunta:
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Sim, eu mesma.
- Bem, ganhastes o paraíso. Pega esta túnica de linho e pode entrar.
A religiosa, espantada diz:
- Desculpe, mas deve haver engano.
- Eu sou Flávia, a freira. A freira!
- Sim, minha filha, e ganhastes o paraíso por isso. Pega esta túnica de linho...
- Não pode ser! Eu conheço a outra, Senhor. Ela era taxista, promiscua, vivia na minha cidade e era um completo desastre! Subia as calçadas, batia com o carro todos os dias, dirigia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões dos policiais. E quanto a mim, passei os 65 anos de minha vida virgem, casta, fazendo caridade e pregando todos os domingos na paróquia. Como é que o senhor a recebe e trata com toda deferencia, dá a ela a túnica com fios de ouro, lugar de destaque e a mim, a Freira,  esta túnica simples de linho?
- Não há nenhum engano - diz São Pedro. É que, aqui no céu, finalmente adotamos uma gestão mais profissional.
- Não entendo!
- Eu explico: Já ouviu falar de Gestão de Resultados? Agora nos orientamos por objetivos e observamos que nos últimos anos, cada vez que tu pregavas na igreja as pessoas dormiam enfadadas. E quanto a ela, cada vez que ela dirigia o táxi as pessoas rezavam. E como rezavam!! As pessoas rezavam muito mais pelos atos dela que pelos da senhora! Resultado é o que importa!  Estamos aplicando aqui o Gerenciamento de Competência e Resultados!
Portanto.....

Acordei com uma sensação estranha...
Sabem que até agora não digeri muito bem esse sonho?


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Lembranças infantis !!


A primeira TV que apareceu na minha casa foi quando fiz seis anos.
Tínhamos somente a TV Itacolomy dos diários associados, ainda em preto e branco.
Lembro-me que toda a criançada se assentava no chão da sala para assistir a programação. 
Era a única TV da vizinhança.
Cresci assistindo TV. Acompanhava toda a programação.
Na minha época tinha o programa da Tia Dulce, um programa infantil nos moldes do Show da Xuxa, com brincadeiras e muito desenho animado.
Sempre fui um garoto muito curioso e prestava muita atenção a tudo que via. 

E desde pequeno eu via coisas muito estranhas na TV...

* O Tarzan corria pelado...

* Cinderela chegava em casa depois da meia noite...

* Aladim era ladrão...

* Batman dirigia a 320 km/h...

* Pinocchio mentia...

* Bela Adormecida era uma folgada...

* Salsicha (Scooby-Doo) tinha cara e voz de maconheiro, via fantasma e conversava com o cachorro...

* Zé Colméia e Catatau eram cleptomaníacos e roubavam cestas de piquenique...

* Branca de Neve morava numa boa com 7 homens...

* Olívia Palito tinha anorexia

* Popeye fumava um matinho suspeito!!!

* Pac Man corria em uma sala escura com musica eletrônica comendo pílulas que o deixam ligadão...

* Super Homem colocava a cueca por cima da calça...

* A Margarida namorava o Pato Donald e saía com o Gastão!


Olha os exemplos que eu tive na minha infancia... 
E agora pedem pra eu me comportar?!?!?
 
TARDE DEMAIS!


Texto enviado pela amiga Jussara do blog "Palavras vagabundas"


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Indigna Ação!!!!!


A Camara Municipal de Belo Horizonte aprovou em dois turnos o projeto de lei 839/09 que proíbe servir bebidas em garrafas de vidro. O texto será agora enviado ao prefeito Marcio Lacerda para sanção. Como os vereadores não deixaram claro qual o tipo de bebida esta sujeita a esta restrição de embalagem, refrigerantes, sucos e agua também terão que ser servidos em copos plásticos em mesas e balcões de bares e restaurantes. 
O autor deste estapafúrdio projeto, o vereador Paulinho Motorista do PSL, acha que as garrafas de vidro podem ser usadas como arma em caso de uma briga. Pasmem!!!! Para ele a ”banalização da violência e o numero exagerado de bares” estão exigindo uma medida reguladora que garanta a integridade física dos cidadãos. 
Não existem estatísticas confiáveis ou convincentes de ferimentos provocados pelo uso de garrafas quebradas ou não, usadas como arma pelos agressores. Que ideia mais  infeliz. 
A PMMG tem estatisticas confiaveis de todas as ocorrencias policiais na Capital. Eles foram consultados? Foram consultados especialistas em criminologia e comportamento?
Daqui a pouco terão que proibir a utilização de talheres, de pratos de louça  e até do espetinho de churrasco. Que tal proibirem também mesas e cadeiras? Se o motivo for briga.....
É preocupante a provação em dois turnos deste projeto inócuo. Existe uma carência absurda de projetos que realmente beneficiem o cidadão. Esses caras não tem mais o que fazer? 
Ao contrario do que pensam estes vereadores a quantidade de bares de Beagá contribui para uma convivência sadia e alivio de tensões. Alem da enorme geração de empregos.
“Se não tem mar, vamos pro  bar”- é o lema desta Beagá alegre e feliz. 
Os copos de plástico além de anti-higienicos criarão mais lixo não degradável. 
Vamos beber uísque em copos de plástico? E a pinguinha da roça? 
E o nosso copo lagoinha? Foi banido por Lei? 
Será que da próxima vez vão obrigar os bares a colocar chuveiros para serem usados quando os fregueses forem tirar a “agua do joelho?” Façam-me o favor!!! 
Segundo o texto da Lei, a prefeitura devera regulamentar as normas em 120 dias e após, em caso de reincidência no descumprimento delas, o proprietário do bar poderá perder o alvará de funcionamento.
Os vereadores de Beagá estão se "notabilizando" por criarem leis inócuas, inadequadas, inconsequentes e sem nenhuma fundamentação cientifica. Isso quando se dignam a comparecer è Câmara. Ou será que é por não irem que aprovam estas leis?
Fiquei pensando com os meus botões: - Um copo plástico desses deve ser o equivalente a uma sacola plástica de super mercado. Não acabaram de proibi-las por aqui? E transformam o uso dos copinhos em Lei? Vamos abarrotar as ruas de copinhos? Haverá coleta seletiva? Usina de reciclagem?

Fui consultar o Tio Google e achei por lá:
Copos plásticos: problema ambiental!  Por Fábio Pellegrini. Confiram aqui

Não estou tão errado em minhas ponderações. É realmente um contrassenso.
Já tinham feito uma grande besteira ao proibirem as sacolas dos supermercados e o “politicamente correto” alastra esta ideia imbecil por outras cidades do pais. Não temos educação nem infra-estrutura para isso! Leis da Dinamarca nas Terras Brasilis!!!
Na Alemanha, aonde elas não são proibidas por exemplo, calcula-se que sejam gastas cerca de 65 sacolinhas por pessoa por ano. O povo lá é educado, só usa o que realmente precisa. 
O sistema de reciclagem alemão também é considerado bastante eficiente. 
Embalagens plásticas, como sacolas, são jogadas em latas de lixo especiais. Dali elas são transformadas em outros sacos ou produtos plásticos. 
Um povo educado sabe que lixo não é somente uma coisa inútil. Sabe mais; sabe que comunidade limpa não é a que mais se varre, mas a que menos se suja. 
E aí entra em cena outra palavrinha mágica relacionada ao lixo: RECICLAR, pois grande parte dos materiais que vão para o lixo pode (ou deveria) ser reciclada. 
Daí a importância da coleta seletiva do lixo Ah! E a coleta seletiva do lixo? 
Em Belo Horizonte ela ainda está longe do ideal. É praticamente inexistente: Atualmente, o serviço atinge somente 9% dos bairros de Belo Horizonte ou 30 dos 324 bairros com este tipo de recolhimento de lixo. Então, proíbam as sacolinhas!!!! Liberem os copinhos!!!!
Educar custa caro! Usinas de reciclagem também!
A lei fala na substituição por sacolinhas compostáveis (ao custo de 19 centavos ao fregues), que leva amido de milho na composição e deve se biodegradar em 180 dias. Esse processo, gera gases que comprovadamente aumentam o efeito estufa. Então, essa sacolinha pode não trazer todos os benefícios prometidos, caso não tenha a destinação adequada. 
A sacola compostável somente seria adequada se existisse coleta seletiva e usina de compostagem. Sem isso, o que estamos fazendo é jogar comida no lixo. 
Ou seja, faltou informação, faltou educação. 
Para Eduardo Van Roost estudioso dos plásticos há 12 anos, o mais adequado às condições brasileiras é o plástico oxibiodegradável que, ao contrário da sacolinha compostável, pode ser reciclado.
Tá, mas reciclado onde?

A Ana Paula Pedrosa, do “Escritos ao Vento”  fez esta postagem com muita propriedade:

“Há alguns anos, se você pegasse um monte de papel para qualquer coisa, ia escutar de um defensor do meio ambiente uma longa palestra sobre o desmatamento na Amazônia, o efeito estufa e o fim do planeta, tudo culpa das árvores que foram derrubadas para a fabricação daquele bloquinho. Ao que parece, nos últimos anos, o papel adquiriu a capacidade de brotar na natureza e, depois, se extinguir por combustão expontânea.
E, por isso, a prefeitura de Belo Horizonte resolveu estimular as pessoas a usarem sacolas e caixas de papel em suas compras.
Além do benefício à natureza, são extremamente práticas, sobretudo as caixas, para quem tem que fazer compras grandes e carregar duas, três ou quatro unidades. Um estímulo ao desenvolvimento de habilidades como força e equilíbrio do cidadão. Depois de usadas, as caixas e sacolas vão para o lixo vazias, já que não suportam muito peso e, se chover, já era. Podemos colocá-las dentro de sacos de lixo feitos de plástico, plástico mesmo, nada de oxi ou biodegradável. Compramos esses sacos nos supermercados, os mesmos que não distribuem sacolas pelo bem do meio ambiente. Mas, plástico que a gente compra deve ser diferente de plástico que o supermercado distribui. Também sofre combustão espontânea e não deixa vestígios no planeta.
A prefeitura de Belo Horizonte pensou em tudo direitinho.”

Não é que eu acho que a moça tá coberta de razão? 

Não tenho aqui nenhuma pretensão de estar absolutamente certo neste posicionamento.
Ele vem de sentimentos que afloraram e raciocinio lógico. Se você discorda, dê sua opinião e ela será muito bem vinda. Argumente, mostre outro angulo da questão. O que falta nestas ações é justamente o debate.

Fontes: Estado de Minas, Radio Itatiaia, Net e Google





segunda-feira, 13 de junho de 2011

“Causos” de Minas 3 - Visita ao Dotô!


Um dia desses fui fazer o meu check-up anual.
Cheguei ao consultório à hora marcada, como sempre sala de espera cheia.
Sentei e já me propus a aguardar. Medico como todos sabem, não tem hora.  Quando se marca uma consulta para a manha ou a tarde, o melhor a fazer é reservar todo o período do dia pra ficar com o tempo a disposição.
Nesse dia, percebi ao meu lado um casal de pessoas simples do interior de Minas.
Pareciam meio ressabiados e ouvi o homem comentando com a mulher que ele não gostava desta tal de “consurta com o douto”.
Claudio era o nome dele e estava sentindo fortes dores nas costas, mas como era mineirão da gema, não queria ir ao médico de jeito nenhum.
Só fora, depois de sua mulher Gislaine insistir muito, aí ele concordou em ir.
E ela fez questão de ir junto. Foi conferir!
Ele foi chamado para a “consurta” e enquanto ele era examinado, a sua esposa impaciente o esperava do lado de fora.
Na saída, Gislaine foi logo perguntando:
- E aí, Cráudio? Como foi, homi?
- O doutô disse qui num era nada serio. É só uma inframação. Eu só priciso usá esse negócio aqui qui ele me deu... Chama suspusitório!
- Mas cumo é qui si usa isso, homi?
- Uai... ele foi colocando a mão na cabeça. E eu sei lá, sô!
- Então vorta lá, uai! Ocê ta pagando, ele tem qui ti expricá!
- Ara gente.. mas o homi vai ficá brabo!
- Vai lá i num recrama, Cráudio!
E lá se foi o Cráudio.
Na volta a mulher pergunta:
E aí, cumo é qui usa o trem?
- O doto falô qui é pra colocá no reto!! Qui os suspusitórios são para colocá no reto!!! Eu preciso coloca isso aqui no reto! Disse ele já nervoso.
- Mas donde é que fica esse negócio, Cráudio!
- Uai... E eu sei lá!
- Mas ocê ta pagano homi! Ele tem que expricá tudinho! Trata de vortá e preguntá di novo! Dexa di sê burro, homi!
- Mas o homi vai fica brabo, Gislani...
- Vai logo, Cráudio! Num aperreia....
E lá foi de novo o mineiro pra sala do médico.
Na volta ele já veio mais feliz e diz pra mulher:
- Pronto Gislani. Explicou ele pra sua esposa: Eu perguntei pra ele onde é memo qui tem que colocá o troço e ele disse que é só eu colocá o trem no reto, qui fica no finar da coluna cervicar!
- Ai, Cráudio! Mas o que é essa tal de culuna cervicar?
- Ih, isso eu já num sei...
- INTÃO VORTA LÁ, HOMI!
E lá se foi ele mais uma vez.
Saiu da sala novamente, desta vez vermelhinho de vergonha e comentou com a esposa:
- Viu, Gislani... Eu num falei que ele ia fica brabo? ELE MANDÔ EU INFIÁ NO C# !!!!!

É, esses bichos do mato tem essas coisas.
Se não explicar bem explicadinho causa uma confusão dos diabos.



domingo, 12 de junho de 2011

Promoção dia dos namorados.

Não fique sozinha neste dia! Visitando o blog testosterona encontrei este anúncio e, achando uma iniciativa bastante pertinente, resolvi entrar de peito aberto nessa campanha !  
Além das propostas originais do anúncio, eu tambem passeio de mãos dadas em público, altero o status no orkut e deixo recadinhos românticos no twitter!

Contato pelo cel: 55 031 9634 69**

Deixando de lado a brincadeira, um feliz dia dos namorados para todos.
Aos namorados, noivos, casados, enrolados e solteiros na paquera. 
A todos aqueles que viveram, vivem ou sonham em viver um grande amor!
 


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