Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Antes era mais fácil !!!!


Creiam, houve uma época na qual os homens exerciam este antigo e prazeroso momento de luxuria carnal com suas amadas, geralmente (ou pretensamente) ingênuas e imaturas, com a simplicidade de quem atravessava uma rua de bairro deserto e de madrugada.
A mulher, condicionada aos hábitos e costumes dos tempos anteriores aos movimentos da emancipação feminina, totalmente submissas as vontades dos homens, davam-lhes a sensação de que eles eram os verdadeiros donos da costela de Adão.
Machistas!
O homem mentia muito fora de casa para conquistar suas amantes e as esposas fingiam muito, dentro de casa e na cama com seus companheiros.
Para eles as brincadeiras sexuais eram revestidas de um egoísmo muito acentuado e pobre da mulher que esboçasse um ai, ai, ui, ui de prazer.
Era a época dos grandes paradoxos.
Por um lado a mulheres casavam-se, teoricamente, virgens, exigência que se fazia, apesar dos intensos e costumeiros exercícios orgásticos periféricos e difusos, por vezes durante muitos anos de namoros.
Os homens levavam suas esposas recém casadas para a Lua e mel e reclamavam muito das suas inapetências sexuais, e exatamente, quando ela resolvia botar o seu time em campo, o cara se apavorava e queria saber logo onde ela tinha aprendido aquelas “senvergonhices.”
Era realmente uma mulher, objeto, que estava alí para satisfazer o fogoso garanhão e manda-chuva predador. 
Com as mulheres sem o direito ao gozo, o casamento era um paraíso para o homem que podia ter um objeto sexual ao seu bel prazer, que não exigia nada em troca e ainda lhe dava filhos, roupa lavada, e comidinha feita com capricho de maneira servil.
A "inorgástica esposa”!!! 
Então...
Passaram-se os tempos, e vieram os movimentos da emancipação feminina, a pílula, e centenas de revistas femininas só falavam nas novas exigências da sensualidade e como conseguí-las e mulheres que jamais tinham sentido um só orgasmo nas suas vidas ou eram inibidas de demonstra-lo, passavam agora a ter uma nova postura em relação ao sexo e seus desejos. 

Aí o homem percebeu que o osso da costela é torto....  não podia dar coisa boa.
Primeiro ela repudiou a obrigação de sentir qualquer coisa diferente de sono ou submissão passiva e degradante perante àqueles búfalos no cio, que seus companheiros babões muito se assemelhavam.
Depois descobriram que o orgasmo poderia ser vaginal ou clitoriano, não necessariamente nesta ordem, e que também, podiam e/ou deviam ser juntos e misturados.
Uma verdadeira sala mista de sensualidade.
Ah! E também, múltiplos e inacabáveis.
Enfim, se orgasmo virasse sirene, a mulher seria igualzinha a um caminhão do Copo de Bombeiros ou ambulância do SAMU.
E saí da frente!
Este tsunami de descobertas da sexualidade feminina, não parou por aí e elas passaram a exigir dos homens que eles lhes achassem alguns pontos, muitos pontos, variados pontos, nada parecido com os de crochê, tricô ou muito menos o ponto em cruz.
Em princípio foi o famigerado Ponto G!
Se elas não sabiam onde ficavam, imagine os homens! Mas sexólogos afirmavam que existia... e as revistas femininas traziam desenhos que mais pareciam infográficos de uma complicada missão e conquista espacial da Nasa, tentando indicar, exatamente onde era esse tal de Ponto G, que para a maioria dos homens continua a indicar onde é o Posto de Gasolina.
Sem saber ainda onde era este troço, inventaram outro ponto...  o Ponto K , que segundo os sexólogos especialistas ficava logo acima do ponto G.
Ora, para estes machões ...   acima do nada, fica coisa nenhuma! Concordam?
Então, não satisfeitas passaram exigir estas escravizantes e prolongadas preliminares, e quanto mais demoradas e apimentadas melhor.
Só que nestas tais preparações, os homens devem permanecer o tempo todo aptos, com seu instrumental de trabalho em plena ação de combate, como um ponto de exclamação, enquanto a receptiva mulher apenas deleita-se relaxada, para o momento do real introdutório.
E quando elas vem com todo aqueles apetrechos, que chamam de "brinquedinhos", e querem introduzi-los no corpo sagrado e indevassado do macho parceiro, só Deus sabe onde?
Lugares que antes eram só saida, passaram a ser explorados, sondados como se fossem à busca de petróleo! Parece pesquisa para um estudo de espeleologia!
Mais tarde ela percebeu que o "machão" já não era tão imprescindivel ao seu gozo. 
A verdade é, que aquilo que era fácil para os homens, uma simples relação sexual, uma automática troca de óleo, agora exige a leitura de vários manuais, pesquisas intensas no Dr. Google e eles estão cada vez mais apavorados.
Esta história toda só ficou boa mesmo para os sexólogos, que até agora eu não sei exatamente onde eles se formam, e para as revistas femininas que a cada dia mais parecem apostilas praticas de estudo ginecologico.
Para quem sempre caçou como predador, passar a ser caçado e comido é um trauma! 
O Homem não ocupa mais o topo da "cadeia alimentar"!
E esse trauma está levando milhões de homens rumo a Avenida Paulista, Avenida Atlântica ou Avenida Afonso Penna, militando nestas coloridas e simpáticas manifestações de alegres rapazes que agora também exigem, querem, almejam ardentemente,  que outros rapazes iguais a eles lhes dêem múltiplos orgasmos no seu Ponto C.
Ponto C ????
Ponto C .....
Ah, entendi!


Recebido por e-mail
Texto de Paulo Tamburro em http://adoraonoturnafeminina.blogspot.com

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