Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Papo de buteco 14 - Carro alegórico

Dia doze de outubro dia das crianças.
Fico cada vez mais preocupado com as crianças de hoje em dia.
Na minha época não tinha esse negocio de passarem o dia em frente à televisão, no computador jogando games ou no maximo irem ao shopping. Cada dia estão mais consumistas.
Antes, as brincadeiras eram puramente infantis e em grandes grupos.  Bandos!
Juntavam-se os bandos nas ruas e íamos jogar futebol, bolinha de gude, queimada, bentialtas, pega ladrão, finca, bodoque  e muitas outras brincadeiras. 
Elas aguçavam nossos reflexos, nos sociabilizavam e criávamos amizades para a vida inteira.
Estas brincadeiras nos cansavam o corpo, mantinham nosso espírito alerta, dissipavam nossa agressividade e diminuíam nossas neuroses.
Alimentávamos bem, pois precisávamos de muita energia.
Hoje com a violência das ruas, essa situação mudou.  As atividades são internas, a coletividade se da nas aulas de escolinhas de futebol, aulas de judô, se apuram reflexos nos videogames. Quase tudo de hora marcada.
Isso tudo, se a família tem recursos pra todas essas atividades, elas são pagas. 
E se não tem?  Ficam trancados nos apartamentos em frente a TV ou nos joguinhos. 
Poucos de cada vez, não existem mais as turmas de garotos.  
Acabou-se a saudável vadiagem, as longas conversas onde se apuravam as afinidades. 
O que a gente gastava eram horas e horas....
Na minha época, durante o dia passavam programas infantis, filmes, e a noite, a determinada hora, aparecia na tela um aviso:  “Atenção senhores pais, a programação a partir desse horário é proibida aos  menores de 14 anos.”  A partir daí, cama!
È, os garotos de hoje são diferentes. 
Assistem a tudo, mesmo que não tenham maturidade ou inteligência emocional de acordo com o que vêem. Os pais, quase sempre no trabalho, quando em casa, cansados, não dão a assistencia necessária. Existe um isolamento pais e filhos.
Isso também esta trazendo problemas e conflitos entre os casais.
Como eles ficam o dia inteiro em casa, os casais passaram a reduzir a freqüência dos momentos de chamego e do “vão ver”! 
Os diabinhos estão sempre na cola, não dão trela nem pra uma rapidinha. 
Eles dão noticia de tudo o que ocorre a sua volta.
Também, eles não tem o que fazer....
Na semana passada, um freguês veio me contar o apuro que passou por causa do seu filho.
A molecada sempre em casa, e ele e a cara metade na secura, já tava fazendo quase um mês que não davam “umazinha”.
Nesse dia, a menina tinha ido a casa de uma coleguinha e o garoto estava entretido no videogame que foi difícil arrancá-lo de lá para lanchar. Ele comeu rapidinho e voltou ao jogo.
O pai vendo isso, lança um olhar 43 pra dona encrenca, e os dois sorrateiramente vão para o quarto.
Na hora do bem bom, eles no maior rala e rola eis que o garotinho abre a porta.
Ele entra e pega a mãe na famosa posição “carro alegórico”, numa alegria louca como se estivesse saudando o publico,  fazendo sexo com o meu freguês.
O filho se vira e se dirige novamente ao seu quarto.
A mãe assustada se veste e vai correndo atrás do filho, preocupada com o que o garoto tinha visto.
- Ai meu Deus, o que esse menino  vai pensar!
Chega ao quarto dele, ressabiada, e pergunta:
- Você queria alguma coisa filhinho?
E o garoto então pergunta à mãe: 
- Mãe, o que a senhora e o papai estavam fazendo?
Envergonhada, a mãe logo pensa em uma desculpa: 
- Ora, disse ela, como você sabe, o seu pai tem uma barrigona e eu estava tentando apertá-la, para tirar o AR!!!
- A senhora então está perdendo seu tempo! ‑ disse o garoto.
Por quê? ‑ perguntou a mãe intrigada.
- Porque toda vez que a senhora vai pro shopping, a empregada se ajoelha e sopra tudo de volta!

Falar mais o que?.....
O meu freguês continua na secura e até hoje tenta explicar pra patroa que focinho de porco não é tomada. Ele jura que consegue....
O que fazer com essa garotada de hoje, pergunto eu?

imagem da net.
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CARTA DE ABRAHAM LINCOLN AO PROFESSOR DO SEU FILHO

«Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas, por favo, diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe, por favor, que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.
 
 Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.
 Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
 Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.
 Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.
 Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
 Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.»
Abraham Lincoln, 1830
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