Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Papos de Buteco 65 - É tudo um mal entendido!!!




Não me canso de dizer que o balcão do Buteco é uma janela para o mundo.
Daqui tudo se vê, de tudo se escuta.
Daqui se observa as situações mais inusitadas.
Outro dia, estava eu pachorrentamente recostado no balcão, esperando o happy hour, sempre muito movimentado por aqui, quando me surge à porta, o Praxedes, cujo apelido é “Condensado”, pelo seu tamanho pequeno e corpo atarracado. Singelo o apelido, né?
Notei que ele estava com uma dificuldade ao andar e não aceitou o convite para se assentar ao balcão, preferindo tomar seu aperitivo de pé.
Notei também, que ele estava meio macambuzio, com o olhar baixo, parecendo ressabiado com alguma coisa.
Eu não disse nada e nem nada perguntei.
Macaco velho, sei que logo logo ele se abriria e me contaria tudo que lhe aperreava. Balcão de buteco é assim, igualzinho divã de analista, se o cara veio aqui por vontade própria é porque ele quer botar pra fora tudo que o atormenta.
É só esperar com calma que o individuo desanda a falar.
Depois de tomar umas branquinhas, não é que ele em voz baixa, meio que ao pé do ouvido, começa a falar:
- Lufe, vou te contar uma, mas você me promete boca de siri, promete ser como um tumulo, promete que dessa boca nada sairá?
Já fiquei logo de orelha em pé! Começar uma historia assim desperta curiosidade em qualquer um, ainda mais num dono de buteco.
Cruzando os indicadores em cruz diante dos lábios, fiz a promessa:
- Condensado, dessa boca não sai uma palavra!

Como eu não prometi calar os dedos ou não tocar no teclado, conto por aqui pra vocês, do jeitinho que ele me contou.......rsrsrs

Há três dias atras, um prisioneiro escapou do presídio, depois de 15 anos enclausurado e durante sua fuga, ele encontrou uma casa, arrombou e entrou.
Era justamente a casa do Condensado.
E êle deu de cara com o casal que estava na cama.
Então, ele arrancou o Condensado da cama, o amarrou numa poltrona e depois amarrou a mulher na cama.
O marido viu o bandido deitar-se sobre a mulher, beijar-lhe a nuca e logo depois, levantar-se e ir ao banheiro.
Enquanto ele estava lá, Condensado falou para sua mulher:
-  Amor, ouça, esse cara é um prisioneiro, olhe só suas roupas! Você está de camisola! Ele provavelmente passou muito tempo na prisão e há anos não vê uma mulher, por isso te beijou a nuca. Se ele quiser sexo, não resista não reclame, apenas faça o que ele mandar, dê prazer a ele para que ele se satisfaça logo e vá embora nos deixando vivos. Esse cara deve ser perigoso, se ele se zangar, nos mata. Seja forte, amor, eu te amo!
Então a mulher respondeu:
- Estou feliz que você pense assim. Com certeza ele não vê uma mulher há anos, mas você se enganou, ele não estava beijando minha nuca. Ele estava cochichando em meu ouvido.
- É mesmo? Perguntou o Condensado – E o que ele disse?
- Ele me falou que te achou muito sexy e gostoso e perguntou se temos vaselina no banheiro. Eu disse que tinha e ele foi procurar. Seja forte, amor, e nos salve.
 Eu também te amo!

Entenderam agora o acabrunhamento do Condensado?
Não era pra menos.
No final ele me disse que o prisioneiro foi até delicado com ele.
O duro foi aguentar a fungueira no cangote.

Piada recebida por e mail sem autoria definida


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