Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Um Luxo!




O VERDADEIRO LUXO

Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. 
Eis que o sujeito desce na estação do metrô. 
Vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se  próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo  para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. 

Mesmo assim, durante os 45 minutos que tocou, foi  praticamente ignorado pelos passantes. 

Ninguém sabia, mas o músico era Joshua  Bell, 
um dos maiores violinistas do mundo, executando 
peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, 
um Stradivarius de  1713, estimado em mais 
de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de  Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar  ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no  pescoço, indiferentes ao som do violino. 
A iniciativa realizada pelo jornal  The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

A conclusão: estamos acostumados a dar valor às 
coisas  quando estão num contexto.  
Bell era um quadro sem moldura,
um artefato de luxo  sem etiqueta de grife.
 
 Esse é um exemplo daquelas tantas situações que  
acontecem em nossas vidas, que são belas, únicas, singulares,  
e a que não damos a menor bola, porque não vêm 
com grife ou a  etiqueta de seu preço.
.

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