Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

terça-feira, 5 de abril de 2011

E o meu Oscar vai para...

Blogagem Coletiva
Este post faz parte da Blogagem Coletiva E o meu Oscar vai para.....2º Edição, proposta pela Vanessa do blog "Fio de Ariadne".
Você ainda pode participar, a blogagem vai até o dia 8/4/11. 
Para conhecer os outros participantes, visite o "Fio de Ariadne"

E o Meu Oscar vai para....
"O MÁGICO DE OZ"

O Mágico de Oz é meu filme infantil favorito. Foi um dos primeiros filmes que assisti e me encantei com ele. Eu o coloco na condição dos "filmes inesqueciveis", que são aqueles que a qualquer momento que nos chamam para reve-lo, a gente não consegue recusar. 
Eu cresci assistindo filmes, e se um deles me atrai, eu tenho a capacidade de me transportar para dentro dele, aprecio a roupagem, o cenário, as falas e vivo o enredo a cada segundo... eu adoro! Conheço cidades onde nunca fui, povos que não conheci, me embrenhei em novas culturas, enfrentei perigos inimagináveis e me emocionei e gargalhei, sempre em boa companhia. Eles transformaram em imagens as histórias que eu lia nos livros e com eles eu aprendi uma nova forma de sonhar. Isto é a magia do Cinema!!!
Sou porem um péssimo acompanhante para assistir qualquer filme. Não me convidem!
Fico em profundo silencio, com os olhos pregados na tela e ouvidos abertos a qualquer som que venha dela. Quero ver e ouvir todos os detalhes. 
Ai de quem quiser ou se atrever a conversar alguma coisa nessa hora!
Por causa desta mania, hoje prefiro o DVD, pois tranco-me no quarto e assisto o filme de cabo a rabo, voltando as cenas sempre que quero ver de novo algum detalhe. 
Utilizo o slow motion, o zoom, esmiúço!
Esse é o meu momento, não divido!

O Mágico de Oz  é ainda um dos melhores filmes de todos os tempos e consegue com uma mensagem simples, porém profunda e marcante nos sensibilizar.
É uma obra prima que deveria sempre ser lembrada por sua mensagem singela, porem de grande valia para nossa vida que é tão materialista nos dias de hoje.
Tem uma belíssima trilha sonora com ótimas canções interpretadas por Judy Garland.
Ele narra a história da garotinha Dorothy que sonhava em conhecer o mundo por trás do arco-íris, onde fadas e bruxas convivessem como ela as via nos livros.
Um dia, durante um tornado (ela morava no Kansas, local de grande incidência) seu sonho se torna realidade, e ela é levada para a Terra de Oz.
Estando lá, Dorothy agora bem assustada, acaba indo ao contrario de seus desejos e a única coisa que ela quer é voltar rapidamente para casa.
Ela encontra uma bruxa que lhe disse que a única pessoa que poderia ajuda-la seria um mágico, que morava na Cidade das Esmeraldas.  Neste momento, como por magia, aparecem em seus pés um par de sapatos que pertencia a uma bruxa que fora esmagada pela casa de Dorothy durante o tornado
Ela segue por um caminho de pedras amarelas e vai em busca do mágico que poderia ajudá-la a regressar. O Magico de Oz.
No caminho ela encontra um homem de lata que quer um coração, um espantalho que quer um cérebro e um leão covarde que deseja ser corajoso.
Chegando a Cidade das Esmeraldas o Mágico os recebe, sem contudo mostrar-se diretamente: a cada um deles se apresenta numa forma distinta. Exige, para que os atenda em cada pedido, que primeiro o ajudem a se livrar da perigosa Bruxa do Oeste.
Depois de muitas aventuras eles conseguem seu intento e voltam em busca do Mágico. 
Quando voltam, desmascaram o Mágico - na verdade um pobre velhinho que, tendo aportado na Terra de Oz num balão desgovernado, fingia ser um poderoso feiticeiro usando alguns truques aprendidos nos circos onde trabalhara. 
Dorothy e seus amigos caminharam e se arriscaram tanto e descobrem, no final, que o mágico não tem nenhum poder.
Ela então parte e consegue regressar, graças aos sapatos que usava, que eram mágicos e a levaram de volta à casa. 
Ao final do filme, o espantalho, o leão e o homem de lata, após todas as peripécias vividas, descobrem que não precisam de nada daquilo que buscavam, pois as virtudes que têm são muito maiores do que imaginavam.  


A canção Somewhere Over the Rainbow é interpretada magistralmente por Judy Garland em uma das cenas mais conhecidas da historia do cinema. Ironicamente esta cena quase foi cortada, eliminada, pois os executivos acharam a cena muito sofisticada para o entendimento infantil

O filme é perturbador, excêntrico, fantasmagórico e também tremendamente positivo.

É um filme muito bom para nós nos esquecermos do mundo.
O filme nos envolve e leva para um mundo de fantasia, onde nós vamos caminhando com Dorothy por uma estrada de tijolos amarelos em busca da Cidade das Esmeraldas.
Ao final nós percebemos que tudo aquilo acabou, não passou de um filme e que nós temos que voltar as nossas vidas, a nossa realidade.
Mas, como Dorothy temos a percepção de que: "Não há lugar como a nossa casa".

“Somewhere Over the Rainbow"" foi regravada por diversas gerações de cantores como: Jewel, Beyonce, Sarah Vaughan, Jason Castro, Eva Cassidy, Keith Jarrett, Eric Clapton, Connie Talbot, Nina Hagen, Ray Charles, Israel Kamakawiwoole e muitos outros. Gosto muito da versão deste ultimo, esta que coloquei para vocês.

Ficha Técnica

O Magico de Oz foi o vencedor da Palma de Ouro de Cannes em 1939 e ganhou o Oscar de 1940 em 6 categorias: Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original, Melhor Filme, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Especiais.

"The Wonderful Wizard of Oz
Direção: Victor Fleming.
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson e Edgar Allan Woolf
 1939 -  MGM

Elenco

Judy Garland - Dorothy Gale
Frank Morgan - Prof. Marvel / Mágico de Oz / Guarda de Oz / Porteiro da Cidade de Esmeraldas
Ray Bolger - Hunk / Espantalho
Bert Lahr - Zeke / Leão
Jack Haley - Hickory / Homem de Lata
Billie Burke – Glinda
Margaret Hamilton - Srta. Gulch / Bruxa Má do Oeste
Charley Grapewin - Tio Henry
Pat Walshe = Nikko
Clara Blandick - Tia Em

L. Frank Baum publicou seu livro O Mágico de Oz (The Wonderful Wizard of Oz) em 1900. Em janeiro de 1938, a MGM comprou os direitos de adaptação sobre o livro. O roteiro estava pronto em 8 de outubro de 1938. As filmagens começaram em 13 de outubro de 1938 e foram concluídas em 16 de março de 1939. O filme teve sua pré-estréia no dia 12 de agosto de 1939, e em 25 de agosto daquele mesmo ano entrou definitivamente em cartaz.
Embora não seja o primeiro filme realizado em Technicolor, foi o primeiro em que a utilizaram com notável qualidade.

Pesquisa de dados:  http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Wonderful_Wizard_of_Oz
                                         http://www.adorocinema.com/filmes/ 


29 comentários:

  1. Lufe, o filme é inesquecível! Com a idade a gente vê que em algum momento fomos Espantalho, Leão ou Homem de Lata e o que queríamos mesmo eram sapatinhos vermelhos para ir para casa.
    bjs
    Jussara

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  2. Jussara,

    Você resumiu brilhantemente o encanto do filme.
    Revendo-o a gente sempre percebe uma nova nuance.

    bjo

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  3. Lufe,

    Você é a pessoa perfeita para se assistir filmes, detesto os que ficam narrando as cenas, ou os que fazem críticas em tempo real. e O Mgico de Oz é, por falta de palavras, um filme mágico. Deu saudades, faz muito tempo que o assisti.

    Belo texto, abração.

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  4. Mágico de Oz é qualquer coisa acima de espetacular!
    Abraços.

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  5. Quando pequena gostava de ficar imitando a menina Dorothy do filme mágico de oz, e sonhava, sonha, sonhava...

    Gostei muito do teu blog Lufe, já virei freguesa!!! :)

    Abraços e ótima semana

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  6. Luciano,

    achei que só eu tinha essa "noia".....rsrs

    abços

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  7. Guará,

    por mais que a gente "madure", nunca deixa a fantasia e a poesia de lado, não ´pe mesmo?

    abços

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  8. Janaina,

    Seja bem vinda, o Buteco é nosso....
    A gente não pode perder nunca a capacidade de sonhar.Por isso gosto do Magico de OZ.

    bjo

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  9. Nossa, Lufe, você fez uma verdadeira resenha sobre O Mágico de Oz! Que delícia!
    Sou aficcionada por cinema e, como você, gosto de silêncio para mergulhar no filme que assisto. Sinto que, se há outras informações por perto, além das que são mostradas na tela, não mergulho completamente na história como gostaria e poderia. Até porque, como você bem diz, o cinema nos permite sonhar, nos leva a lugares inimagináveis, nos permite todas as possibilidades...
    Beijo carinhoso pra você, querido!!!

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  10. Lu,

    Que delicia....
    Se você me convidar para um cineminha eu topo!!!
    Dois mudos estáticos, olhar fixo na tela.....rsrs
    Gosto da resenha após o filme, durante, me desconcentro, perco o enlevo.

    bjoca

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  11. O filme é realmente ótimo, nem há o que comentar porque tu já fez a ele todos os merecidos elogios.

    E por falar em elogio fica o meu aqui, pra ti, por assistir aos filmes como se deve, sem conversas, barulhos, dispersões...também gosto assim.

    Quando o objetivo é outro e o filme é mero detalhes, daí, claro, a coisa muda de figura.

    :p

    Um beijo.

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  12. Lufe

    Maravilhoso e esplêndido o filme que escolhestes. O Mágico de Oz é inesquecível e me transporta para um mundo e uma época cheia de recordações.A canção Somewhere Over apesar de ser cantada por diversos cantores não substirtui para mim a voz da esplendoradosa Judy Garland. Quase postamos sobre o mesmo filme e adoro muito os filmes infantis e o Magico de Oz nos envolve com seus personagens e suas histórias. Amo a Dorothy e seu sapatinho.

    Adorei sua participação e fico feliz com estas blogagens onde venho curtir o seu buteco nos revermos.

    Beijos

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  13. Luna querida,

    Mais uma companhia para assistir filmes do jeito que gosto.....se o objetivo é ver o filme, logico!
    Você otima como sempre!

    bjoca

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  14. Irene,

    Estas blogagens tem a capacidade de unir mais as pessoas com interesses comuns. Eu acho otimo!
    É uma oportunidade maior de nos reencontrarmos.
    A interpretação de Judy Garland é inquestionavel, insubistituivel, perfeita.
    Gosto dessa, pela interpretação totalmente diferente das usuais e achei que o som do ukelele ao fundo da voz limpida do interprete a tornou uma canção mais alegre.

    Dia vinte tem blogagem por aqui. Topas?

    bjo

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  15. Lufe

    Bom Dia!!
    Claro que topo participar desssa Blogagem e já vi que o Buteco completa seu primeiro ano e não pode passar em branco.

    Ouvir Somewhere Over já me leva a sonhar e concordo sim que o som do ukelele ao fundo torna mais alegre a canção. Mesmo sendo um filme antigo sempre é bom ouvirmos novas versões que mantém vivo essa história.

    Beijos e um lindo dia

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  16. Vc foi tão rico nos detalhes, que deve ser mesmo o seu filme preferido!
    Recebi seu email sobre a blogagem coletiva, espero não esquecer da data, mas aceito participar!
    E, quero pedir desculpas pela ausência, mas coisas aconteceram e coisas não aconteceram, mas estou retornando a visitar a casa dos amigos...
    Abçs*

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  17. FrancK

    Esta foi uma epoca bem atribulada para você, inclusive com o lançamento de seu livro.
    Se puder participar, sera um grande prazer.

    abços

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  18. Oi Lufe!!

    Escrevo esse comentário ao som de "Somewhere Over the Rainbow". A música é maravilhosa.
    O filme, então, nem se fala. A gente se sente meio Judy Garland (pelo menos eu, quando o vejo). Caminhando por trilhas douradas, sem perceber que o início da jornada é aquilo que de mlhor trazemos no coração, nossas melhores virtudes.
    Uma viagem e tanto.
    Parabéns pela escolha!

    Beijos

    Carla

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  19. Carla,

    Na verdade, na real, o que nos resta ao final da estrada da vida a não ser nossas virtudes e valores?
    O que está atras do arco-íris só podemos imaginar....

    bjoca

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  20. OLá amigo...eses dias fiz um curso partte deste filme foi mostrada...ótima escolha, a mensagem do filme é sempre de esperança, renovação e otimismo
    Um abraço na alma
    Beijo

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  21. Belíssimo esse filme, Lufe, vc foi muito feliz em postá-lo!
    retrata muito bem a nossa eterna busca por aquilo que nos falta...e as surpresas boas, ou não, que encontramos pelo caminho dessa busca...
    A música: sem comentários! simplesmente maravilhosa!

    Parabéns pelo post!

    Um grande abraço!

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  22. Olá Lufe!
    Bela Texto, você descreve este filme de uma forma, que parece que a gente está vendo oz, eu também gosto de ver um filme completamente em silencio,falar e muito, deve ser dentre do buteco, e ter muitos clientes para atender.

    Um abraço,
    José.

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  23. Ei Lufe,
    Tb estou participando dessa blogagem da Vanessa...
    Eu adorei esse filme, na única vez que o vi...
    Mas optei por Avatar, vc já viu? Passa no Vidas para ver...

    bjo

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  24. Lufe,
    participei da primeira edição,infelizmente perdi esta,mas fica p/próxima,a Vanessa é td de bom!e tudo de bom sua escolha para o Oscar.
    Obrigada pela visita e seu comentário contundente.
    Desejo-lhe:Boas energias,paz,saúde e sucesso!
    abraço,
    Mari

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  25. Elcio,

    A lembrança que tenho deste filme é justamente de otimismo e da busca por virtudes e valores que os personagens ja tinha enraizados dentro de si, sem saberem. Eu acho que a frase de Dorothy - Não há lugar como nossa casa"- passa justamente a ideia dos valores de raiz.

    abços

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  26. Sam,

    Que bom te-la aqui novamente.
    Nada é mais gostoso nesta vida do que a busca pelos nossos sonhos....

    bjo

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  27. José,

    Pelo visto, só de comentaristas que passaram por aqui, dá pra montar uma confraria de cinefilos silenciosos......rsrsrs

    Um grande abraço.

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  28. Mari,

    Ainda dá tempo, a postagem vai até sexta.
    Continuamos nos conectando nesta teia da vida.

    bjo

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