Certa vez, lá em Frutal, cidadezinha do
interior de Minas, chegou um novo juiz de direito com fama de muito severo.
O magistrado fazia questão de demostrar
sua raiva aos que aproximavam com intuito de agrados calculados à sua pessoa.
Quando um desses, popularmente conhecidos
por puxa-sacos, chaleiradores ou baba ovos se aproximavam, uma indignação se
apropriava daquela autoridade e logo uma seqüência de composturas eram
derramadas sobre o bajulador e todos que estavam em volta. Não escapava um! O
homem virava bicho!
Deu-se, porém, que Seu Argemiro, um
caipira do lugar ansiava por uma sentença num processo seu, relativo a uma
questão de terras
Inconformado com a lentidão da justiça e sem
acreditar nadinha naquela historia de que ela tarda mais não falha, o caipira viu como única solução para aquela
sua pretensão fazer um agradinho ao juiz.
Dirigiu-se ao escritório de seu advogado
e falou-lhe do pretendido:
- Doutô Ariosvaldo, eu andei conjuminando umas coizinha e eu acho que
tarvez a mio solução praquele meu processo andá, seria mandá um presentim pro
home. Mió dizeno, doutô, tava pensano em mandá um leitãozinho pro meritíssimo....
Ouvindo aquela insensatez, o advogado
passou-lhe uma carraspana e relatou-lhe, incisivamente, que o juiz era uma fera
e perdia totalmente a razão diante de tais atitudes, principalmente como aquela
que ele queria tomar.
O Seu Argemiro ouviu tudo humildemente e
bateu em retirada para sua roça.
Passado um mês, a tão esperada sentença
saiu como o caipira desejava.
Sem tirar nem pôr. Ganhou tudo que pediu!
Sentença rápida!
Tendo conhecimento da mesma, seu advogado
imediatamente foi ao encontro do seu cliente, lá na sede da fazendinha, para
lhe contar a vitória.
Sentou-se à beira do fogão de lenha,
tomou um cafezinho, comeu uma broa de fubá, comeu um queijinho fresquinho,
tomou uma pinguinha e depois de todo suspense disse a que veio:
- Seu Argemiro, o caso deu muito
trabalho, tive que usar de muita lábia, muita prosopopéia, mas o juiz nos deu o
ganho de causa. Ganhamos a pendenga!
Logo que o advogado terminou o relato, o
caipira mais exclamou do que qualquer outra coisa:
- Pois é, doutor, valeu a pena intão eu
tê mandado o leitãozito! Eu queria vê se essa saliva toda ia funcioná sem o
agrado!
Com uma tremenda cara de espanto o
advogado, novamente, asseverou sua voz para o caipira:
- Eu
não acredito que você mandou o leitão para o juiz!
O Seu Argemiro prontamente lhe respondeu:
- Ora se mandei! Mandei sim e com um bietim
muito do educadim, mas em nome da parte contrária.
hahaha, Inteligente, não? Mandar um bilhete com o nome da parte contrária...e quem vai dizer que caipira é bobo? Um abraço!
ResponderExcluirBia,
ResponderExcluiro advogado não deixou ele mandar no nome dele.
Como ele queria agradar o juiz.....rsrsrs
bjo procê
Eheheheheheh
ResponderExcluirAdoro teus causos!
Oi Milton,
ExcluirE eu adoro contar.....
Sou admirador incondicional do caipira brasileiro.
abraços procê
Lufe, vai juntando os causos dá um livro! Esperto Seu Argemiro, rs
ResponderExcluirbjs
Jussara
Oi Jussara,
ExcluirDestes já tem mais de vinte, né?
E os " Papos de Buteco que ja tem mai de 50?
Um dia eu calço a cara e tento.......rsrsrs
um bjo procê
kkkkkkkkk - Muito boa. Esses casos que só acontecem prás bandas de Minas já estão ficando famosos.
ResponderExcluirParabéns pela criatividade.
Lucimere,
ExcluirEm Minas, "causo" é que não falta.....rsrs
Obrigado pela presença, volte sempre.
bjo procê
Que esperto esse mineirim... :) Um causo muito bom!! Beijus,
ResponderExcluirLuma,
ExcluirOs mineirinhos ficam sempre quietinhos na sua, só olhando de rabo de olho. Parecem bobos, mas são de uma esperteza invejavel...rs
bjo procê
Alexandre,
ResponderExcluirEssa fala é boa mesmo....rs
Que bom que sua tia deu boas risadas.
Obrigado por divulgar, voce sempre generoso.
Um grande abraço